Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Piva, Luciane Frosi |
Orientador(a): |
Carvalho, Rodrigo Saballa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/200123
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Resumo: |
A partir das contribuições do campo de estudos da Pedagogia da Infância, esse trabalho apresenta o resultado da pesquisa referente ao estudo das transições cotidianas que ocorrem com bebês e crianças bem pequenas na creche. Nesse contexto, no âmbito da pesquisa proposta, conceitualmente, as transições cotidianas são entendidas como aprendizagens socioculturais que exigem e/ou geram mudanças na vida de bebês e crianças bem pequenas no contexto institucional. Isso quer dizer que são aprendizagens relativas aos modos como as crianças lidam com o tempo, habitam o espaço, se relacionam com os seus pares e utilizam artefatos partilhados socialmente durante a jornada na creche. Tendo em vista o exposto, os objetivos da investigação foram: a) conhecer sobre os modos de ser e de viver dos bebês e crianças bem pequenas em relação a como a creche organiza os tempos, os espaços, os materiais e os grupos; b) compreender os processos das transições cotidianas vivenciadas pelos bebês e crianças bem pequenas na creche; c) mapear quais transições cotidianas as crianças vivem nesse contexto; d) discutir como podemos, por meio da participação guiada, estruturar e apoiar as aprendizagens decorrentes das transições cotidianas. Metodologicamente, foi desenvolvida uma pesquisa com dez crianças com idades entre 0 e 2 anos, por um período de seis meses, em uma turma de uma Escola Municipal de Educação Infantil da região metropolitana de Porto Alegre (RS). Tendo em vista a geração dos dados da pesquisa, foram utilizadas as seguintes estratégias metodológicas: observação, registro em diário de campo e registro fotográfico e fílmico. A partir da leitura do material empírico, gerado por meio do trabalho de campo, foram definidas as seguintes unidades analíticas: a) a responsividade dos anúncios docentes como estrutura e suporte das transições cotidianas; b) a transição cotidiana dos deslocamentos dos bebês e crianças bem pequenas no interior da creche; c) a transição cotidiana dos cuidados pessoais de bebês e crianças bem pequenas. Em relação aos anúncios docentes do que irá ocorrer durante o cotidiano na creche, foi possível constatar que tal ação pedagógica respeita as temporalidades das crianças, gerando bem-estar e segurança nos processos de transição cotidiana. No que diz respeito à unidade analítica referente aos deslocamentos das crianças na creche, foi possível evidenciar como o planejamento dos tempos, espaços e materiais e a organização das crianças em grupos contribuem para que elas habitem os espaços a partir de ações autônomas. Por sua vez, a partir das análises empreendidas em relação à unidade dos cuidados pessoais, referentes aos modos como as crianças aprendem a realizar as ações de lavar as mãos, limpar o nariz, trocar fralda, escovar os dentes e descansar, foi possível constatar que elas se constituem em complexas aprendizagens socioculturais na vida das crianças. Por fim, como decorrências das análises empreendidas na pesquisa, são declarados os direitos dos bebês e das crianças bem pequenas de viver transições cotidianas exitosas na creche, a partir de mediações docentes qualificadas. |