As interações dos bebês na creche: o que eles fazem e dizem?
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12289 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objeto de estudo as interações entre bebês em contexto de creche. Como objetivo geral, analisou como bebês entre 11 e 17 meses interagem em um berçário de uma creche municipal de Campina Grande-PB. Como objetivos específicos, intentou conhecer as forma s de interação entre bebês-bebês e bebês-adultos, identificando as diferentes linguagens nelas envolvidas. A partir de inferências contextuais, conhecemos como os bebês se constituem por meio das linguagens não conceituais. Teve como aportes teóricos as discussões acerca das potencialidades infantis em contextos formais de educação, bem como a perspectiva histórico-cultural, que aborda as aprendizagens e a constituição dos infantis a partir das relações humanas, em suas dimensões históricas e culturais. Tratou-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa, o que revela a especificidade de pesquisar relações que não podemos quantificar. Os dados foram construídos por meio da observação participante e através de conversas informais com as professoras. Para o registro dos dados, foram utilizados o diário de campo, a videogravação e a fotografia. Na análise, recorreu-se à investigação narrativa e à microgenética, considerando que esse tipo de análise direciona o olhar para os fenômenos da experiência humana e que, além disso, privilegia o indivíduo inserido em contextos sociais, neste caso, a creche. A partir das análises, foi possível atribuir significados às interações dos bebês e à produção de linguagens entre eles e com os adultos. Desse modo, a pesquisa evidenciou as linguagens não conceituais dos bebês enquanto decorrentes das suas interações e, ao mesmo tempo, que permitem interações mais sofisticadas, se significadas pelo outro parceiro de interação. O estudo também apontou que, no jogo das interações e linguagens, há a construção e constituição subjetivas dos bebês quando, a partir de suas interações, partilham, ajudam e se afirmam por meio de gestos, ações e balbucios. Revelou ainda a necessidade de uma educação cuidadosa, que envolva a escuta atenta e sensível para os gestos e ações dos bebês no espaço da creche, visando a significálos, produzindo e/ou contribuindo para o processo de construção de práticas pedagógicas respeitosas, humanamente mais equilibradas, com vistas ao atendimento das demandas infantis, portanto, uma educação socialmente referenciada. |