O envelhecimento do corpo da mulher nos Cadernos Vida e Equilíbrio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pires, Fabiana de Brito
Orientador(a): Souza, Nádia Geisa Silveira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/32303
Resumo: O destacado lugar ocupado pelo corpo hoje – jovem, belo/saudável, ativo, feliz –, associado ao fluxo de informações veiculadas na mídia, propondo-nos cuidados necessários, moveu-me a olhar quem, como e o que se fala, na mídia impressa, para as mulheres com mais de 50 anos. Examinei alguns enunciados presentes nos Cadernos Vida (Zero Hora) e Equilíbrio (Folha de São Paulo) no ano de 2009, procurando chamar a atenção para as ―verdades‖ veiculadas, verdades essas que podem atuar como elementos constitutivos das subjetividades dessas mulheres e de seus comportamentos em relação a si. A presente pesquisa inscreve-se no campo dos Estudos Culturais, em suas vertentes pós-estruturalistas. No primeiro momento, falo das experiências que me impulsionaram a um estudo relacionado ao corpo na mídia jornalística e apresento as ferramentas teórico-metodológicas usadas nessa trajetória. No segundo momento, percorro brevemente diferentes modos de nomear o período da vida dos sujeitos vistos como velhos e a velhice – velho, idoso, terceira idade –, procurando mostrar que tais classificações são produções/ construções históricas, existindo, portanto, múltiplas formas de envelhecer, conforme a sociedade e a época. No terceiro momento, ao analisar características atribuídas e ensinamentos relacionados aos cuidados com o corpo das mulheres a partir dos 50 anos e em algumas situações relacionadas à menopausa, discuto como o corpo dessas mulheres vem sendo representado e posto em circulação nos Cadernos dos jornais mencionados acima. No quarto momento, analiso nesses Cadernos os discursos ―verdadeiros‖ direcionados à medicalização dos corpos, discursos que engendram práticas promotoras da pretensa vida saudável – hábitos alimentares, exercícios físicos, suplementos de reposição orgânica/metabólica, relações sociais afetivas, etc. –, destacando-se o papel das práticas sociais na constituição do modo como pensamos e agimos em relação ao nosso corpo hoje. Por fim, retomo o percurso deste estudo, falo sobre o que a pesquisa me possibilitou, as questões que ficaram em aberto e a vontade de que tais aprendizagens criem condições para que minha prática docente seja constantemente problematizada.