Resíduos de lactonas macrocíclicas no leite bovino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Ugo Araújo
Orientador(a): Kindlein, Líris
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/79478
Resumo: O controle de resíduos químicos em produtos de origem animal no Brasil é regulamentado por órgãos fiscalizadores através de programas como o Plano Nacional de Controle de Resíduos (PNCR) e o Programa de Análise de Resíduos de Medicamentos Veterinários (PAMVet), visando a garantia de segurança alimentar ao consumidor. As práticas adotadas na produção agropecuária, entretanto, envolvem o uso de fármacos para o controle de doenças infecciosas e parasitárias nos animais. As lactonas macrocíclicas (LMs) são drogas veterinárias eficazes no controle de endo e ectoparasitas, sendo amplamente utilizadas na bovinocultura leiteira. Assim, o objetivo do presente estudo foi determinar a presença de resíduos de LMs no leite de rebanhos bovinos e identificar possíveis fatores de risco associados em propriedades leiteiras das regiões Noroeste e Sul do Estado do Rio Grande do Sul – Brasil. Foram coletados 72 amostras de leite de tanques resfriadores de propriedades de agricultura familiar das regiões Noroeste (55) e Sul (17) do Estado do Rio Grande do Sul. Foram adquiridas 60 amostras de leite ultra-high temperature (UHT) em estabelecimentos comerciais para análise de resíduos de LMs. Os resíduos das LMs foram extraídos do leite bovino pela adição de acetonitrila e foram purificados pelo congelamento dos co-extratos da matriz com temperatura de aproximadamente -20 ºC. O extrato purificado foi analisado por LC-MS/MS. Entre as 72 amostras, 18 (25 %) apresentaram resíduos de LMs, cujos ingredientes ativos identificados foram: ivermectina (n=15), ivermectina e moxidectina (n=1), moxidectina (n=1) e abamectina (n=1). A região Sul do Estado apresentou 35,3 % (6/17) das amostras com resíduos de LMs enquanto que a região Noroeste 21,8 % (12/55), as maiores concentrações encontradas foram de 2,48 μg.mL-1 para ivermectina, 2,73 μg.mL-1 e 1,69 μg.mL-1 para moxidectina. Os resíduos encontrados nas amostras de leite estavam abaixo do limite estabelecido pelo Codex Alimentarius (<10 μg.mL-1), porém esses medicamentos não devem ser utilizados em animais lactantes cujo leite seja destinado ao consumo humano. Os resultados indicam a utilização inadequada de antiparasitários nos rebanhos leiteiros estudados. Conclui-se que o leite das propriedades leiteiras das regiões Noroeste e Sul do Estado do Rio Grande do Sul estudadas apresentam resíduos de LMs. Nas amostras de leite UHT não foram detectados resíduos de LMs.