Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Alves, Belisa Marin |
Orientador(a): |
Gazzana, Marcelo Basso |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/277148
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Resumo: |
Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma condição clínica comum e potencialmente fatal em pacientes hospitalizados, sendo a terceira causa mais frequente de síndrome cardiovascular aguda no Mundo. Os eventos de TEV podem ser reduzidos através de uma avaliação de risco precisa e de tromboprofilaxia adequada proporcional ao respectivo risco. Apesar disso, as medidas preventivas para TEV são subutilizadas. Intervenções multifacetadas (eletrônicas, educativas, entre outras) podem ser mais eficazes em melhorar o uso da profilaxia de TEV em comparação ao cuidado habitual que depende do comportamento do médico,. Objetivo: Avaliar a efetividade de uma ferramenta eletrônica de estratificação de risco no contexto de intervenções multifacetadas utilizadas na implementação do protocolo de profilaxia de TEV em pacientes adultos clínico/cirúrgicos internados no Hospital Moinhos de Vento. Metodologia: Estudo prospectivo tipo antes e depois, de base hospitalar. Foram incluídos 772 pacientes internados em unidades clínico/cirúrgicas de um hospital terciário na cidade de Porto Alegre, no período de 2017 a 2019, cuja permanência hospitalar foi maior que 48 horas. Foi implementado um instrumento eletrônico, para classificação dos pacientes quanto ao risco de eventos de TEV durante a internação, fundamentado no modelo de classificação de risco de Maynard. Os escores de Pádua e Caprini foram utilizados como referências para classificação de risco dos pacientes clínicos e cirúrgicos, respectivamente. Considerou-se profilaxia adequada aquela que estava de acordo com o protocolo e com as recomendações institucionais. Resultados: Dos 772 pacientes clínico/cirúrgicos incluídos, 50,5% foram inseridos na fase 1 e 49,5% na fase 2 deste estudo. A mediana da idade foi de 62 anos (intervalo interquartílico 46 a 76 anos) e o gênero feminino foi o predominante (59,8%). O grupo do paciente foi clínico em 44,1%, cirúrgico ortopédico em 28,1% e cirúrgico não ortopédico em 27,8%, não havendo diferença entre as fases. Considerando os escores de referência, a maioria dos pacientes foi classificada como risco alto de TEV em todos os grupos, sendo no pacientes clínicos em 63,2%, cirúrgicos ortopédicos em 96,8% e cirúrgicos não ortopédicos em 87,9%. Pela classificação de Maynard os pacientes foram classificados como risco baixo 0,9%, intermediário em 76,4% e alto em 22,7%. O modelo de Maynard indicou a classificação predominante de risco alto no grupo cirúrgico ortopédico (91.8%), enquanto que a classificação de risco intermediário foi mais frequente nos grupos clínico (97.6%) e cirúrgico não ortopédico (96.4%), divergindo dos resultados estratificados nas escalas de Pádua e Caprini para cirúrgicos não ortopédicos. Profilaxia adequada conforme a estratificação de risco foi realizada em 69,3%, não havendo diferença entre as fases. A adequação profilática nos grupos cirúrgicos em ambas as fases mostraram-se superiores aos pacientes clínicos, sendo nos clínicos 54,7% e 59,4%, cirúrgicos ortopédicos 90,0% e 76,9% e cirúrgicos não ortopédicos 70,9% e 77,9%, nas fases 1 e 2, respectivamente. Nos pacientes cirúrgicos ortopédicos houve aumento estatisticamente significativo na inadequação da prescrição de profilaxia para TEV (p=0,02). Conclusão: A maioria dos pacientes clínicos e cirúrgicos hospitalizados apresenta classificação de alto risco de TEV. A estratégia de risco proposta por Maynard classificou adequadamente pacientes de baixo risco, mas identificou erroneamente muitos pacientes como de risco intermediário ao invés de risco alto quando comparados aos modelos de risco de referência (Caprini e Pádua), sobretudo no grupo de pacientes cirúrgicos ortopédicos. Adicionalmente, a implantação de uma ferramenta eletrônica no contexto de intervenções multifacetadas não melhorou a adequação da profilaxia em pacientes clínicos e cirúrgicos hospitalizados. |