Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Jardim, Fernanda Rafaela |
Orientador(a): |
Bernard, Elena Aida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/14831
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Resumo: |
Fibrose hepática é caracterizada pelo acúmulo de matriz extracelular fibrótica, cuja presença danifica as funções do fígado. Células estreladas hepáticas (HSCs) participam ativamente deste processo, modificando seu fenótipo quiescente, rico em lipídios no citoplasma, para o fenótipo ativado, em resposta ao insulto fibrogênico. A regressão do processo fibrótico pode, inclusive, estar relacionada com a apoptose das HSCs e também com sua reversão fenotípica, do estado ativado ao estado quiescente. Adenosina tem papel hepatoprotetor bem conhecido e medeia várias ações antiinflamatórias em diferentes tipos celulares e condições patológicas. TNF-α é uma citocina pró-inflamatória com importantes funções no início e perpetuação do processo fibrogênico. Tendo em vista o papel antiinflamatório da adenosina, este trabalho investigou, em linhagem de HSC em cultura - GRX -, as ações desse nucleosídeo em presença ou ausência dos sinais inflamatórios que acompanham o tratamento com TNF- α. Assim, foram analisados os efeitos da adenosina extracelular na síntese lipídica, avaliando a reversão fenotípica da GRX, e a apoptose em resposta à adenosina e/ou TNF-α. Além disso, a regulação dos níveis de adenosina extracelular, bem como a presença dos receptores de adenosina foram investigadas. O efeito de adenosina e/ou TNF-α sobre a produção de óxido nítrico (NO) e atividade e expressão de gelatinases (MMP-9 e -2), ambos importantes mediadores na fibrose hepática, também foram alvo deste estudo. Nossos resultados mostram a presença do receptor de adenosina A2B (A2BR), e a regulação dos níveis extracelulares de adenosina por TNF-α, através do aumento da atividade ecto-adenosina deaminase. Além disso, demontramos que adenosina extracelular não modifica a síntese de lipídios nas células GRX. Os dados ainda indicam que adenosina, em presença ou ausência de TNF-α, não resulta em apoptose, e que esta citocina também não induz à formação de corpos apoptóticos nas células tratadas. O estudo mostra que a produção de NO foi aumentada com TNF-α, com potencialização deste efeito na presença de adenosina, provavelmente mediado pelo A2BR e não por inosina, produto da hidrólise de adenosina. Com relação às gelatinases, o tratamento com adenosina diminui a atividade de MMP-9 tanto em ausência, quanto em presença de TNF-α, revertendo a ação da citocina, a níveis de controle, com o envolvimento do receptor A2BR mediando os efeitos do nucleosídeo. No entanto, a expressão da MMP-9 não foi afetada pelo tratamento com adenosina, porém, o nucleosídeo diminui os efeitos de TNF-α sobre a expressão da gelatinase. Com relação à MMP-2, ambos tratamentos com adenosina e com TNF-α, bem como o tratamento com adenosina, em presença da citocina, diminuem a atividade da gelatinase, sem efeitos aditivos. A expressão do mRNA de MMP-2 aumentou em resposta aos tratamentos com adenosina e TNF-α, isolados ou em associação, indicando a presença de mecanismo pós-transcricional de regulação para MMP-2. Este trabalho mostra, claramente, que adenosina extracelular e TNF-α estão envolvidos na regulação da produção de NO e nas ações das gelatinases. Além disso, este estudo demonstrou que adenosina não atua através de conversão fenotípica via aumento da síntese de lipídios, bem como não estimula apoptose, junto com TNF-α. Estes resultados e a existência da regulação dos níveis de adenosina extracelular por TNF-α sugerem uma participação da adenosina em alguns aspectos importantes da fisiologia da.HSC, talvez via A2B. |