Angiogênese e fibrose hepática experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lemos, Queli Teixeira
Orientador(a): Andrade, Zilton de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35556
Resumo: Na cicatrização dos ferimentos a fase de intensa proliferação vascular (tecido de granulação) constitui um aspecto crucial indicativo da formação do tecido fibroso do reparo. Vários trabalhos recentes têm chamado a atenção para a semelhança deste processo com a patogênese da fibrose hepática. De fato, tem sido demonstrado que a proliferação vascular (angiogênese) ocorre como uma alteração proeminente em várias doenças crônicas fibrosantes do fígado. Os modelos experimentais de fibrose septal induzida pela infecção por Capillaria hepatica no rato, por ligadura do ducto biliar do rato, e pela esquistossomose no camundongo foram recentemente utilizados para demonstrar a estreita relação entre angiogênese e fibrose hepática. O presente trabalho procura investigar, comparativamente, a presença de angiogênese, suas características evolutivas, intensidade e peculiaridades nos modelos experimentais de fibrose hepática mais comumente utilizados. Para tal, cinco modelos diferentes e bem padronizados de fibrose hepática foram escolhidos: a) Fibrose septal induzida pela infecção cm o helminto Capillaria hepatica no rato; b) Fibrose com cirrose, provocada pelo tratamento crônico com o tetracloreto de carbono (CCl4); d) fibrose biliar provocada pela ligadura total do colédoco de ratos; e e) fibrose granulomatosa e periportal produzida em camundongos pela infecção crônica pelo Schistosoma mansoni. A primeira etapa do trabalho consistiu na produção experimental de cada tipo de fibrose hepática. A segunda etapa consistiu na avaliação dos resultados através do estudo qualitativo com técnicas histológicas e imuno-histoquímicas, tendo sido avaliadas: as características dos elementos celulares, matriciais e vasculares. Além da atenção dada ao comportamento do endotélio (fator VIII), da membrana basal vascular (laminina, fibronectina, colágeno tipo IV), paredes vasculares (actina, elastina) e da participação do fator de crescimento do endotélio vascular VEGF, uma atenção especial foi dada ao comportamento dos pericitos, elementos celulares cruciais na fibrogênese e possivelmente a razão de ser da angiogênese, em virtude do seu papel na formação e remodelamento do tecido conjuntivo fibroso. O comportamento da angiogênese, sua intensidade, sua relação sequencial com o depósito de matriz extracelular, foram particularmente consideradas em cada modelo per se, e depois analisada comparativamente. Todos os modelos exibiram angiogênese associada com fibrogênese, sendo que a inter-relação patogenética mais evidente foi sugerida nos modelos da capilaríase e da ligadura do ducto biliar.