Educação permanente em saúde em tempos de pós pandemia : uma pesquisa-ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Trindade, Carlos Eduardo Amaro
Orientador(a): Pires, Fabiana Schneider
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/277251
Resumo: O aprender e o ensinar fazem parte do cotidiano dos serviços de saúde, buscando transformar as práticas profissionais. A Educação Permanente em Saúde (EPS) configura-se como uma ferramenta de aprendizagem por oportunizar reflexões sobre o processo do trabalho em saúde. O objetivo foi analisar as ações de EPS em unidades de saúde da família com a perspectiva de identificar as fragilidades e potencialidades da EPS, a partir da perspectiva dos trabalhadores ao longo do tempo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo Pesquisa-Ação, com dados produzidos por meio de Grupos Focais (GF) e Diário de Campo (DC). A análise dos dados se deu pela Análise de Discurso. A análise do material permitiu a categorização a seguir: a) Percepção dos participantes sobre EPS em perspectiva histórica; b) Vivências sobre espaços de EPS no trabalho; c) Importância dos espaços de EPS no cotidiano do trabalho; d) As ações de EPS antes e após pandemia Covid-19. Dentre os resultados, destaca-se que as mudanças nas ações e espaços de EPS ocorridas no município afetaram a eficiência da EPS, pois os espaços foram reduzidos ou extintos (em parte decorrente da pandemia). Como fragilidade estão as dificuldades na organização dos trabalhadores (aumento de demandas de saúde nos territórios, produtividade e alcance de metas) e a falta de incentivo por parte da gestão. Há um descontentamento dos trabalhadores em relação à redução do trabalho das equipes de saúde da família, em comparação ao período anterior à pandemia. Como potencialidades, a EPS promove debates e inovação na abordagem de temas que podem ser incorporados na prática profissional, vista como uma proposta relevante e importante para si e para o processo de trabalho. Como considerações finais destaca-se a capilaridade das ações de EPS nas unidades de saúde e sua relevância para os processos de trabalho junto aos territórios, o processo de fragilização da EPS no município, que iniciou sua desmobilização a partir das novas metas e de resultados de produtividade esperada dos serviços com as diretrizes do Previne Brasil e seu enfraquecimento no período da pandemia. Retomar os espaços e o envolvimento dos trabalhadores é uma decisão e um movimento que precisa ser construído com os trabalhadores e com a gestão, posto que a reorganização desses espaços de falas e escutas podem impactar nos processos de trabalho e no cuidado em saúde. A partir do estudo, foram desenvolvidos dois produtos técnicos: uma proposta de plano de EPS para a rede municipal e um boletim informativo, como compromisso social do estudo, voltado aos gestores e trabalhadores da APS do município.