Protocolo de desmame em pacientes traqueostomizados : um estudo antes e depois

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Colombo, Caroline
Orientador(a): Vieira, Silvia Regina Rios
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/207443
Resumo: Introdução: A traqueostomia está entre os procedimentos mais comuns utilizados em pacientes com necessidade de suporte ventilatório prolongado em Unidades de Terapia Intensiva. Protocolos específicos para essa população são escassos. Objetivo: Avaliar se pacientes traqueostomizados e dependentes de ventilação mecânica apresentam maior sucesso no desmame quando comparados a pacientes não submetidos a um protocolo. Metodologia: O estudo retrospectivo do tipo quase experimento, através da análise do banco de dados entre os anos de 2014- 2015 (pacientes desmamados de forma subjetiva) 2016 implantação do protocolo, 2017-2018 (desmame com protocolo). Resultados: O estudo foi realizado com 114 pacientes(63 na fase 1 e 51 na fase 2), sendo gênero feminino 24(38%) e 29(57%), masculino 39(62%), 22(43%); internação clínicos 49(78%), 36(71%); cirúrgicos 14(22%), 15(29%); comorbidades zero 19(30%), 6(12%), uma 26(41%), 15(29%), duas ou mais 18(29%), 30 (59%); dias de VM pré ( 17 vs 14, p= 0,003); dias de desmame (12 vs 8, p=0,04), dias de internação no CTI(45 vs 37, p= 0,03), probabilidade de óbito APACHE II e Saps-3 (32,4+-18,1 vs 54,9+-25,9, p<0,001), sepse 17(27%), 28(55%) e óbito 19(30%), 14(28%). A análise mostra 62% dos pacientes submetidos ao protocolo de desmame foram libertados da ventilação mecânica nos primeiros 6dias, comparados a 18,2% dos pacientes não submetidos ao protocolo. Assim, em 15 dias (p<0,001), HR=2,15 (IC 95%: 1,02 – 4,53; p=0,044), sendo ajustado para idade, sexo, número de comorbidades, sepse, número de dias de VM pré-TQT, motivos clínico pulmonar e cirúrgico neurológico e probabilidade de óbito. Conclusão: O protocolo de desmame mostra-se eficaz para pacientes traqueostomizados nos primeiros dias de ventilação pós procedimento, apresentando duas vezes mais chance de serem desmamados do suporte ventilatório invasivo.