Fungos toxigênicos em maçãs e ocorrência de patulina nos sucos derivados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Welke, Juliane Elisa
Orientador(a): Noll, Isa Beatriz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13312
Resumo: Significantes quantidades de maçãs produzidas no Rio Grande do Sul são usadas para a produção de suco destinado à exportação. As frutas que são utilizadas pela indústria são aquelas que não atingem o padrão exigido para o consumo in natura. Estas maçãs constituem fator de risco quanto à contaminação por fungos, que podem produzir micotoxinas, como a patulina. O Brasil não tem legislação que estabeleça níveis permitidos de patulina em alimentos. Mas muitos países têm adotado a recomendação do Codex Alimentarius que indica um nível máximo permitido de 50 μg/L de patulina em suco de maçã. Esse fato estimula países exportadores, como o Brasil, a pesquisar a qualidade micotoxicológica dos seus produtos, a fim de se tornarem competitivos no mercado internacional e de fornecerem alimentos seguros. Nesse contexto, os objetivos desse trabalho foram: (1) avaliar a contaminação fúngica de maçãs destinadas à produção de suco, bem como a possível presença de patulina nos sucos produzidos a partir destas frutas; (2) adaptar metodologicamente a técnica de cromatografia em camada delgada à quantificação de patulina em maçãs e sucos de maçã; (3) analisar os níveis de patulina nas fases do processamento de suco de maçã; e (4) pesquisar fungos termorresistentes nos sucos em estudo. As amostras de maçãs e de sucos foram fornecidas pela Golden Sucos Ltda de Farroupilha, RS. Penicillium expansum foi a espécie isolada predominantemente, sendo que 94,44% dos isolados pertencentes a esta espécie se mostraram produtores de patulina nas condições testadas. A prevalência de fungos produtores de patulina nas maçãs processadas resultou em altas concentrações da micotoxina nessas maçãs, variando entre 254,62 e 653,37 μg/kg e também nos sucos concentrados produzidos, com níveis de patulina nestes entre 56,04 e 231,44 μg/L. O método desenvolvido para extração e quantificação da patulina foi eficaz. O detector de carga acoplada forneceu boa sensibilidade, precisão, linearidade e recuperação para a determinação quantitativa de patulina. Todos os estágios do processamento do suco contribuíram para a redução dos níveis de patulina. Desde a maçã até o suco a redução foi de 75,2%. A presença de Byssochlamys nivea em uma das amostras de suco indica que a patulina poderia ser produzida por este fungo durante o armazenamento.