Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Marques, Daiane Maus |
Orientador(a): |
Nardi, Henrique Caetano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/24652
|
Resumo: |
Esta pesquisa tem por objetivo central compreender como sujeitos que se autodefinem como homossexuais descrevem a prática psicológica de seus/suas terapeutas no que tange à forma como estes/estas abordaram na terapia a questão da sexualidade de forma ampla e da orientação sexual em particular. Nesta direção buscou-se pensar a forma como a clínica psicológica se associa ao dispositivo da sexualidade na contemporaneidade. A partir dos conceitos foucaultianos de enunciado e formação discursiva e apoiando-se em Judith Butler e Michel Foucault, foram analisados os relatos das trajetórias de vida de sujeitos homossexuais que já passaram por atendimento psicológico. A partir do estudo fica evidente o quanto uma lógica identitária de caráter essencialista se faz presente na constituição do/da terapeuta e daqueles/daquelas que os/as procuram. Esta forma de conceber a subjetividade está presente na construção e manutenção de diversas clínicas psicológicas e no caráter heteronormativo que elas sustentam. Além disso, a clínica psicológica apresenta-se fortemente associada a um saber disciplinar que tem por competência o estudo do desenvolvimento “normal” da sexualidade. Essa apresentação da clínica impregna fortemente o senso comum. Somos subjetivados por um saber que fala da figura materna, paterna, das fases sexuais e que estabelece um padrão de desenvolvimento, classificando como anormal aqueles/aquelas que não respondem às características padronizadas. Por fim, a pesquisa aponta para as questões que cercam a(s) clínica(s) psicológica(s) nesse momento - com ênfase àquela(s) que faz(em) uso da psicanálise – ou seja, quais as possibilidades de deslocá-la(s) desse lugar marcado pela lógica originada na técnica cristã da confissão e baseada em pressupostos heteronormativos. |