Condições deposicionais e padrões diagenéticos do Membro Oiteirinhos da Formação Muribeca, Bacia de Sergipe - Alagoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Trombetta, Mariane Cristina
Orientador(a): De Ros, Luiz Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/258791
Resumo: A Formação Muribeca da Bacia de Sergipe-Alagoas, nordeste do Brasil, registra a transição das condições continentais para marinhas durante a abertura do Atlântico Sul. A formação é constituída pelos depósitos clásticos grossos do Membro Carmópolis, recobertos pelos evaporitos Ibura, e pelo Membro Oiteirinhos. O Membro Oiteirinhos se caracteriza por ampla variação litológica, incluindo depósitos siliciclásticos, carbonáticos e híbridos. Existem poucos estudos sobre os depósitos do Membro Oiteirinhos, apesar de sua considerável importância científica, com registro das condições ambientais estabelecidas durante este momento chave da evolução do Atlântico Sul. Esta dissertação apresenta um estudo petrológico do Membro Oiteirinhos, integrado com dados sedimentológicos e geofísicos de cinco poços terrestres. As rochas estudadas incluem arenitos siliciclásticos e híbridos siliciclásticos-carbonáticos, margas, microbialitos, calcarenitos e calcilutitos. Os arenitos siliciclásticos apresentam importante contribuição de fragmentos metassedimentares de baixo grau, provenientes da erosão de terrenos orogênicos supracrustais proterozóicos. Os fragmentos carbonáticos intrabaciais incluem oóides, pelóides, oncóides, intraclastos, e bioclastos de ostracodes, foraminíferos bentônicos e equinodermos. Microbialitos carbonáticos ocorrem associados à depósitos lamosos orgânicos, geralmente ricos em fragmentos carbonosos e bioclastos fosfáticos. A evolução diagenética inicial ocorreu em condições alcalinas, e sob a influência de clima árido e dos evaporitos do Membro Ibura. Os aspectos deposicionais e diagenéticos revelam condições progressivamente menos evaporíticas durante a deposição do Membro Oiteirinhos, dependentes de rápidas e frequentes mudanças no ambiente deposicional, registradas pela intensa variação litológica. Espera-se que os resultados deste estudo possam auxiliar na compreensão deste período chave, bem como gerar inferências sobre a qualidade dos potenciais reservatórios da unidade.