Evolução diagenética e heterogeneidade dos reservatórios do carbonífero na área de Juruá, Bacia dos Solimões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rocha , Elias Cembrani da
Orientador(a): De Ros, Luiz Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/225750
Resumo: A Formação Juruá do Carbonífero representa os melhores reservatórios da vasta Bacia do Solimões, região oeste da Amazônia, norte do Brasil. Um estudo integrado petrológico-sedimentológico dos depósitos Juruá na área do Campo de Juruá permitiu a identificação dos principais processos diagenéticos e seu impacto na qualidade e heterogeneidade dos reservatórios. O intervalo foi depositado em ambiente costeiro sob clima árido e em um trato de sistema transgressivo. Quatro associações de fácies foram identificadas: dunas eólicas e lençóis de areia; canais fluviais e depósitos de overbank; frente deltaica e prodelta; e lagunar, incluindo depósitos do tipo sabkha. Os corpos arenosos que constituem os reservatórios variam em espessura e continuidade lateral. A porosidade primária foi controlada pelas fácies, sendo os depósitos de dunas e lençóis de areia eólicos, frente deltaica e de canais fluviais os mais porosos. A diagênese exerceu controle sobre a qualidade dos reservatórios através da preservação ou redução da porosidade por compactação e cimentação. A composição primária dos arenitos corresponde principalmente a arcósios e arcósios líticos. Quartzo é o cimento mesodiagenético mais volumoso, principalmente na forma de crescimentos descontínuos, limitados por franjas e cutículas de clorita. A transformação e neoformação de argilominerais foram extensas nos arenitos do Juruá e resultaram em ilita, clorita e camadas mistas I/S e C/S. O cobrimento de grãos por ilita-esmectita é a fase mais comum, sendo mais espesso nos arenitos deltaicos. Ilita fibrosa intergranular causou redução da permeabilidade em alguns arenitos eólicos e fluviais. Clorita em feixes preencheu poros nos arenitos deltaicos, enquanto franjas e cutículas de clorita preservaram a porosidade da maioria dos arenitos eólicos, que constituem os melhores reservatórios da área. Essas observações podem ajudar a compreender e prever a distribuição da qualidade e heterogeneidades dos reservatórios Juruá e de sucessões costeiras-eólicas similares, de modo a reduzir os riscos exploratórios e melhorar a recuperação de campos produtores.