Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Yu, Jingfang |
Orientador(a): |
Zillig, Raphael |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/246483
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo investigar a noção de imediato nos Segundos Analíticos de Aristóteles. Em I 2, Aristóteles apresenta a imediatidade como um dos requisitos para os pontos de partida da demonstração, definindo-a em termos de anterioridade, a qual introduz uma certa assimetria entre as premissas e a conclusão da demonstração. No entanto, no desenrolar do tratado, em I 13, Aristóteles parece não só desfazer a assimetria, mas ainda introduzir uma certa circularidade, que, num exame mais detalhado, mostra-se apenas aparente. Tal exame exige de nós uma investigação sobre a natureza da demonstração, que se revela como distinta da justificação. Ao longo do trabalho, mostramos que a justificação e a demonstração visam níveis distintos de conhecimento. Enquanto a primeira busca apenas o conhecimento de que algo é verdadeiro, à segunda interessa a causa que explica o porquê de algo ser o que ele é. Nesse sentido, as premissas da justificação são anteriores por fundamentar o conhecimento da verdade da conclusão, enquanto a anterioridade das premissas da demonstração se deve a sua prioridade causalexplicativa. Desse modo, a imediatidade, definida em termos de anterioridade, não deve ser tomada com sentido unívoco em contextos de justificação e demonstração. É justamente tal indistinção que causa dificuldade na leitura das passagens de I 2 e I 13. Uma vez explicitada a ambiguidade, a dificuldade se dissolve. |