Pontes geoliterárias em Onde a Europa começa e em Às margens do Spree de Yoko Tawada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Richter, Cintea
Orientador(a): Neumann, Gerson Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184593
Resumo: O espaço em toda a sua complexidade de relações é o objeto central de estudo da Geografia. É também um aspecto de relevância nos estudos de textos literários, uma vez que praticamente todas as narrativas se passam em algum lugar, seja ele real ou fictício. Esta dissertação busca o diálogo entre a Literatura e a Geografia, por meio do estudo de dois textos literários da autora Yoko Tawada. Levando em consideração as mudanças no âmbito da mobilidade e da configuração do espaço mundial, analiso como esse processo emerge na Literatura atual, mais especificamente nos textos Onde a Europa começa (1991) e Às margens do Spree (2007), em que a autora Yoko Tawada desloca(liza) suas personagens em viagens entre o Oriente e o Ocidente. Para isso, debruço-me sobre cada narrativa individualmente, mas também as comparando, levando em consideração a passagem do tempo entre uma publicação e outra. Busco tecer uma análise interdisciplinar e intertextual. Dentre os teóricos cujo aporte se torna o fio condutor do trabalho, Ottmar Ette (2001) é responsável por ajudar na leitura da transarealidade do espaço, na interpretação das coreografias realizadas pelas personagens e na investigação de rotas e fluxos cristalizados na Geografia e na Literatura. Franco Moretti (2008) traz seu olhar “de longe” e sua coragem de aproximar comparatistas literários da cartografia e de evidenciá-la como uma ferramenta importante. O geógrafo Eric Dardel (1990), relacionando o Homem com o espaço ao seu redor. O geógrafo Edward Soja (1993), questionando de forma crítica o espaço atual. Todas essas vozes se complementam, ressaltando a potência dos textos estudados e permitindo novas aproximações.