Gestão de resíduos sólidos domiciliares em Rio Grande/RS : sistema de coleta seletiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Farias, Bruno Cesar Fernandez
Orientador(a): Verdum, Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/101421
Resumo: O modelo de vida capitalista vem sendo criticado desde os anos 1970 por parte do movimento ambientalista, que, diferente do capitalismo, almeja uma sociedade sustentável, ou seja, uma sociedade mais equilibrada. No que confere a produção de resíduos, a adoção da prática da reciclagem vem se configurando como um mecanismo alternativo para minimizar os problemas de degradação da natureza. Tal processo possibilita economia de extrativismo natural e de energia na produção, como também minimiza os problemas ambientais gerados pelo descarte inadequado de lixo no ambiente. Assim, a reciclagem surge enquanto um paradigma na relação sociedade e natureza no mundo contemporâneo. No Brasil, o discurso sustentável da reciclagem também se propaga. No entanto, a realidade da reciclagem dos RSU não surge por consciência ambiental, mas pela necessidade econômica de contingentes populacionais de trabalhadores/as pobres urbanos. Assim, desde a década de 1960, a reciclagem vem sendo realizada pelas mãos de catadores/as de materiais reutilizáveis e recicláveis, na qual atuam de forma informal e sob precária condição de trabalho, sendo que nada recebem pelo que exercem, representando assim um “trabalho não-pago”. Desde 2010, com a implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, o estado brasileiro vem tentando mudar este cenário, tornando adequada e necessária a inclusão formal desta categoria nas gestões municipais de resíduos sólidos. Porém, não é isso que acontece no Município do Rio Grande/RS, localizado no sul do Brasil. Nesta cidade, pode-se constatar que os/as catadores/as são a base e os protagonistas do processo, mas vivem ainda na informalidade, atuando sob péssimas condições de trabalho e não recebendo pelo serviço realizado. Ao invés de valorizar os catadores/as, que não recebem por seu trabalho, o município possui uma empresa que recebe valores financeiros para fazer menos do que os catadores/as fazem.