Pelos Becos da memória: uma análise da autorrepresentação negro-feminina em Conceição Evaristo
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4655 |
Resumo: | Esta dissertação pretende refletir como a literatura negro-feminina vem através dos escritos de Conceição Evaristo e, especificamente pela narrativa de Becos da Memória, reivindicar uma narrativa protagonizada pela mulher preta para torná-la sujeito de sua própria história. Em um momento em que a literatura contemporânea se propõe a discutir e a problematizar o fazer literário a partir do relato de personagens e, de autores que são oriundos de espaços marginalizados social e culturalmente, tenciona-se refletir sobre a capacidade que tal escrita tem de trazer visibilidade a lugares e pessoas antes não, ou pouco reconhecidas no meio literário a partir de seu próprio "lugar de fala" (RIBEIRO, 2019). Através da narrativa de suas memórias Evaristo reivindica uma literatura que, rompe com os padrões impostos em representações estigmatizadas e preconceituosas, que vigoram em nossa sociedade. O estudo dialoga com as teorias de bell hooks (2019) , Lélia Gonzales (2018), Angela Davis (2016), Audre Lorde (2020), Patrícia Hill Collins (2016), Grada Kilomba(2019), Chimamanda Adichie(2019), Gayatri Spivaki (2016), Djamila Ribeiro (2019), Sueli Carneiro (2019) e tantos outras, pretende-se refletir sobre a literatura negro-feminina como forma de resistência e subversão em um contradiscurso que compreenda a identidade da mulher preta como produtora de discursos repletos de significados e proximidade com o leitor. Seja através do reconhecimento de si ou do reconhecimento do outro, Becos da Memória vem propor uma fratura no status quo literário permitindo que outras vozes sejam ouvidas a partir de uma perspectiva que, até então eram exclusivas de uma elite branca, heteronormativa e com privilégios de classe |