Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Caroline da Rosa dos |
Orientador(a): |
Recuero, Raquel da Cunha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/277357
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Resumo: |
O presente estudo objetiva compreender como o discurso sobre a negritude aparece em tweets que falam sobre violência policial. Para sustentar esse projeto, parto dos conceitos elaborados por Nascimento (2017; 2019) sobre a política de democracia racial e o imaginário construído a partir do processo de miscigenação no Brasil. Me construo a partir de autores que explicitam as suas perspectivas raciais, como Gonzalez (1984), Munanga (2019), Fanon (2008), Carneiro (2023) e Wilderson (2021), assim como em autores que discutem sobre a construção dos sujeitos, identidades e negritude, denunciando o racismo e a forma como a violência permeia a sociedade brasileira desde da época da escravidão. Para discorrer sobre discursos e plataformas digitais, parto das ideias apresentadas por Andréa (2018), Van Dijck (2013), Gillespie, (2010), Recuero (2019), entre outros pesquisadores. Os procedimentos metodológicos têm viés qualitativo, com foco na análise dos discursos produzidos no (ex)Twitter, em episódios que envolvem civis e a polícia. Para isso, me baseio nos estudos de Herring (2004), especialmente o conceito de Discurso Mediado por Computador (CMDA). O recorte feito para análise foram comentários publicados a respeito das chacinas praticadas por agentes do estado no Guarujá (São Paulo) e Complexo da Penha (Rio de Janeiro), no mês de agosto de 2023. Os resultados da pesquisa mostram que o processo de desumanização praticada historicamente contra os negros é efetivo, seja de forma velada nos discursos produzidos nas redes sociais, quanto por meio de práticas explicitamente racistas. Vivemos numa sociedade racialmente demarcada, que de forma frequente nos deixa em estado de reação por nos violar de diversas maneiras, seja alimentando e construindo estereótipos racistas nas redes sociais, seja operando no extermínio da população negra, sob amparo das instituições que são braços do Estado, tais como as polícias. |