Discurso, Netflix e Twitter: o processo de subjetivação de empresas em redes sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Estrela, Rebeca Leite de Souza Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31462
Resumo: Sob o aporte teórico-metodológico da Análise do Discurso Materialista, a presente pesquisa objetiva compreender os processos de subjetivação das empresas em redes sociais, pensando, também, nas condições de produção do discurso em espaços enunciativos informatizados. A proposta principal é analisar a produção e circulação dos sentidos evocados pelas publicações do serviço de streaming Netflix no Twitter e como estes modos de dizer contribuem para a construção da posição-sujeito Netflix em redes sociais. Considerando, conforme Pêcheux (1969,p.143), que há um processo histórico de produção de sentidos no qual o sentido vai se construindo na história, temos que os discursos estão envoltos por e existem a partir das relações de produção de uma formação social. Em determinadas condições de produção, alguns sentidos produzem efeitos de verdade que são perpetuados e produzidos através de rituais sociais. Nesse sentido, entende-se que o discurso existe em relação a, de tal modo que os sentidos são produzidos compreendendo os sujeitos e a situação (ORLANDI, 2005, p.30). Assim, o discurso não existe como elemento isolado, está, na verdade, inserido em um processo discursivo. Desse modo, nota-se que os sujeitos do discurso, de forma inconsciente, mobilizam imagens de si e do outro. Esse mecanismo produz imagens dos sujeitos, assim como do objeto do discurso, dentro de uma conjuntura sócio histórica. Refletindo sobre esse jogo de imagens a partir de uma perspectiva discursiva, teorizou-se que há um mecanismo discursivo em funcionamento que permite uma indistinção entre as posições sujeitos em espaços enunciativos informatizados, sobretudo o Twiter, subjetivando empresas como a Netflix, construindo, ainda, um efeito de intimidade entre os sujeitos envolvidos. Ainda, esta pesquisa observa o jogo de significações presente no fazer publicitário contemporâneo no Twitter, a fim de compreender o que permite que empresas se subjetivem.