Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Juliano Rodrigues |
Orientador(a): |
Rossini, Miriam de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193898
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Resumo: |
Esta tese tem como tema a história do Cinema brasileiro, sua delimitação se dá por duas fronteiras, a primeira, o escopo temporal da década de 1960, e a segunda, uma aproximação das noções filosóficas e narrativas articuladas pelo modelo existencialista de pensamento. O objetivo geral da investigação foi propor um exercício reinterpretativo de saberes estabelecidos pela historiografia do Cinema Brasileiro a partir do protagonismo sócio-histórico de duas obras: São Paulo Sociedade Anônima (1965) de Luís Sérgio Person e Noite Vazia (1964) de Walter Hugo Khouri. A hipótese averiguada foi a da possível existência de uma poética fílmica organizadora de uma ambiência estética muito particular, porém não aprofundada dentro da historiografia. Para tanto, introduzi o processo de formação da identidade cultural do Brasil na década de 1960; averiguei indícios existencialistas dentro das falas histórico-historiográficas, acadêmicas e jornalísticas; apresentei a reinterpretação do período a partir de apontamentos narrativos e existenciais; considerei os achados de pesquisa enquanto organizadores de um conceito específico e seu possível impacto na historiografia do período. A metodologia de trabalho foi multidisciplinar e tocou majoritariamente em questões de revisão historiográfica crítica, revisão bibliográfica e análise fílmico-narrativa. Os principais marcos teóricos do trabalho foram: o cânone da historiografia do cinema brasileiro, enquanto objeto de crítica revisional; Astor Diehl, na condição de inspiração do movimento de revisão historiográfica crítica; Jean-Paul Sartre, Albert Camus, Martin Heidegger e Søren Kierkegaard como balizadores do existencialismo. Da pesquisa conclui-se que há um vasto conjunto de referências ao modelo narrativo e filosófico do existencialismo, embora este não seja aprofundado dentro do cânone do Cinema nacional acerca dos anos 1960; em função disso, por fim propus uma organização conceitual das evidências historiográficas que apontavam para a ocorrência e relevância de uma narrativa de matriz existencial, seja como lente de auxílio ao entendimento histórico, seja como ferramenta de construção narrativa. |