Puzzle-films e narrativas não-lineares no cinema fantástico: um estudo de caso de Abre los Ojos e Yella

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Carcereri, Pedro Felipe Leite lattes
Orientador(a): Melo, Luís Alberto Rocha lattes
Banca de defesa: Soares, Sérgio José Puccini lattes, Freire, Rafael de Luna lattes, Brum, Alessandra Souza Melett lattes, Ramos, Maria Guiomar Pessôa de Almeida lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes
Departamento: IAD – Instituto de Artes e Design
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/110
Resumo: Puzzle-films são filmes que apresentam narrativas com estruturas não-lineares. Seu contexto envolve a apresentação de pistas que são usadas para chegar a uma conclusão. A presença dessas estruturas no gênero fantástico dá origem a uma estrutura narrativa interessante, com semelhanças e diferenças peculiares. O fantástico pode subverter a estrutura conclusiva do puzzle, como um quebra-cabeças montado, através do aspecto da hesitação que é inerente ao gênero fantástico, originando dessa maneira representações de um “desvio autorizado”. Para um estudo de caso foram escolhidos dois filmes: Abre los Ojos (Abre los Ojos, Espanha, Alejandro Amenábar, 1997, 117 min.) e Yella (Yella, Alemanha, Christian Petzold, 2007, 89 min.). É possível, a partir do estudo dos referidos filmes, encadear uma análise de como o puzzle e o fantástico se relacionam dentro de narrativas fílmicas e se as dicotomias estudadas ocorrem nas duas ocasiões. Pode-se traçar desta forma, alguns objetivos relevantes para o estudo. Os puzzle-films se relacionam com o gênero fantástico de maneira exclusiva ou relacional? O gênero fantástico serve como efeito subversivo da ordem final do puzzle resolvido, através de características de hesitação, transgressão, desvio e estranheza? Esse desvio pode ser motor de análise de possíveis reflexos de questões da sociedade contemporânea? Esses dois filmes, através de suas narrativas puzzle, são capazes de ser usados como exemplo para responder a essas questões? Feitas essas perguntas, partiremos então para a tentativa de respondê-las com uma metodologia e uma fundamentação teórica já bem consolidada. Aproximaremos-nos da questão de gênero através de uma perspectiva semântico/sintática pragmática. Quanto às questões do fantástico e dos puzzle, nos utilizaremos de pesquisas feitas no âmbito literário e cinematográfico. E, ao analisar a questão da transgressão, olharemos para teorias da sociologia do desvio para entender onde se localizam as representações dos outsiders.