Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Sandielly Rebeca Benitez da |
Orientador(a): |
Marroni, Norma Anair Possa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234583
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Resumo: |
Base teórica: As doenças inflamatórias intestinais crônicas são alterações recorrentes que possuem etiologia desconhecida e as duas principais formas são a retocolite ulcerativa indeterminada (RCUI) e a Doença de Crohn. A RCUI afeta somente a mucosa e a submucosa do reto e do cólon. Apresenta como características principais a presença de úlceras superficiais, infiltrado inflamatório e edema. A demasiada produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) causa o estresse oxidativo e este mecanismo está diretamente envolvido no processo inflamatório da RCUI. Estudos demonstraram que o extrato aquoso da Campsiandra laurifolia, popularmente conhecida como acapurana, tem elevado teor de compostos fenólicos e taninos totais, bem como alto potencial antioxidante, por este motivo o extrato é um possível agente terapêutico na RCUI, visto que essas substâncias conseguem reduzir a produção de ERO. Objetivo: Analisar os efeitos da C. laurifolia sobre o modelo experimental de colite ulcerativa induzida através do ácido acético. Métodos: O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais do HCPA (2019-0196) e nele foram utilizados 24 ratos Wistar machos, com 60 dias e peso médio de 350 gramas. Os animais foram divididos em 4 grupos: controle (CO), controle + acapurana (CO+A), colite (CL) e colite + acapurana (CL+A). A indução da colite foi feita através de enema com 4 ml de ácido acético a 4%. O extrato da C. laurifolia foi administrado na dose de 25mg/kg via gavagem por dois dias nos grupos CO+A e CL+A e os animais dos grupos CO e CL receberam NaCl 0,9% pela mesma via. No 4º dia de experimento foi aferida a pressão anal esfincteriana (PAE). Logo após, os animais foram mortos e o tecido intestinal foi coletado para análise histológica, avaliação da lipoperoxidação (LPO), análise da atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) e dos níveis de glutationa (GSH), e análise imunohistoquímica do fator nuclear kappa B (NF-κB) e da enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS). A análise estatística foi ANOVA seguido do teste Student Newman Keuls (média±EP) significativo quando p<0,05. Resultados: A histologia do grupo CL+A demonstrou regeneração das criptas, redução do infiltrado inflamatório e dos danos na mucosa intestinal em relação ao grupo CL, onde se observou destruição das criptas, úlceras na mucosa, edema e infiltrado inflamatório na submucosa. Através da utilização de uma escala de danos histológicos, observou-se redução significativa dos danos no grupo CL+A em relação ao grupo CL. A administração do extrato aquoso da C. laurifolia a animais do grupo CL+A também foi capaz de aumentar significativamente a PAE quando comparada aos animais do grupo CL. Na avaliação da LPO por TBARS, observou-se redução significativa no grupo CL+A em relação ao grupo CL. A atividade da SOD reduziu significativamente no grupo CL+A em comparação ao grupo CL. Os níveis de GSH aumentaram significativamente nos animais do grupo CL+A em relação aos animais do grupo CL. Na análise imunonohistoquímica, observou-se redução significava da expressão do NF-κB e da iNOS no grupo CL+A em relação ao grupo CL. Através de uma análise de correlação simples entre a PAE e a expressão da iNOS, verificou-se uma correlação negativa entre essas duas variáveis; portanto, quanto mais alta a expressão da iNOS, menor é a PAE. No grupo CO+A não se observou diferença significativa em nenhuma das análises realizadas quando comparado ao grupo CO. Conclusão: Os dados obtidos sugerem que a administração do extrato da C. laurifolia reduziu a lesão tecidual, elevou a pressão anal esfincteriana, diminuiu a lipoperoxidação, restaurou a atividade da enzima SOD e os níveis de GSH, e reduziu a expressão dos mediadores inflamatórios iNOS e NFκB. |