Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Peres, Tainã Costa |
Orientador(a): |
Aquino, Francisco Eliseu |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/289808
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Resumo: |
O Sudeste da América do Sul (SESA) é frequentemente atingido por eventos extremos de precipitação, com impactos negativos nos ecossistemas naturais e na sociedade. Nesse cenário, este estudo teve como objetivo compreender a variabilidade da precipitação no SESA entre 1961 e 2020, para explorar as relações entre os modos de variabilidade climática e a ocorrência de secas e de chuvas extremas. Dados mensais de precipitação do Climatic Research Unit foram analisados com o uso de técnicas estatísticas descritivas, inferenciais e multivariadas. Essa abordagem possibilitou a regionalização, a análise da variabilidade climática e a identificação de eventos extremos (secos e chuvosos) da precipitação no SESA. Como resultado, a regionalização identificou seis Regiões Homogêneas de Anomalia de Precipitação (RHAP), onde as regiões: 1-2 localizam-se entre 32º-40ºS; 3-4 entre 24º-32ºS; e 5-6 entre 20º-27ºS. Observou-se que as regiões 1, 2, 4, 5 e 6 são influenciadas pela circulação regional, favorecendo a configuração de períodos secos no inverno e chuvosos no verão. As regiões 4 e 6 apresentam aspectos climatológicos característicos das monções. A região 3 possui variabilidade sem predominância de períodos secos e chuvosos. A maior variabilidade mensal foi observada nas estações de primavera, verão e outono. Pontos de ruptura foram identificados em 1972, 1976, 2000, 2009 e em 2019, que correspondem as regiões 1, 4, 2, 6, 3 e 5, respectivamente. Tendências positivas de precipitação foram observadas em todas as regiões, exceto na região 3. A análise da ciclicidade das anomalias de precipitação revelou ciclos significativos em escalas sazonal, interanual e interdecenal, com destaque para influências do ENOS, SAM e PSA. Foram identificados 144 eventos extremos para cada RHAP, sendo 72 de seca e 72 de chuvas extremas. As estações sazonais que mais ocorrem eventos de seca no SESA são o verão e o outono, enquanto os eventos de chuvas extremas são o inverno e a primavera. Os padrões sinóticos indicaram que os mecanismos atmosféricos relacionados aos eventos extremos são, principalmente, modulados pela interação entre os trópicos e o polo (Antártica). |