Efeitos do aumento de gases do efeito estufa na frequência e intensidade dos eventos extremos de precipitação na região norte da América do Sul: análise de dados modelados
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12597 http://lattes.cnpq.br/0999998204817157 |
Resumo: | O presente estudo tem por objetivo analisar as alterações na frequência e intensidade dos eventos extremos chuvosos na região norte da América do Sul em duas simulações de clima futuro: 2040-2050 e 2090-2100. Ambos os experimentos numéricos foram realizados com o modelo regional ETA, utilizando como condições iniciais e de fronteira dados provenientes do modelo global CCSM3, para o cenário de altas emissões SRES A2. O período analisado corresponde aos meses de JFM e o clima futuro foi comparado ao clima atual, representado pela década 1980-1990. Para a identificação dos eventos extremos chuvosos utilizou-se a metodologia R5d, indicada pela Organização Mundial de Meteorologia para estudo de tais eventos. A mesma consiste em selecionar o maior valor de chuva a cada 5 dias. Calcula-se a média desse subconjunto e ao analisar novamente a série original, consideram-se extremos os valores que forem maiores ou iguais que a média obtida. Depois de identificados os eventos extremos, passou-se a classificação dos mesmos: a classe Evento Extremo Tipo (EET) – I consiste dos eventos que eram iguais ou maiores que a média dos extremos (cmax) e menores que a média dos extremos (cmax) mais uma vez o desvio padrão (dpmax); EET-II, aqueles eventos maiores ou iguais cmax mais uma vez dpmax e menores que cmax mais duas vezes dpmax; EET-III, eventos maiores que cmax mais duas vezes dpmax. Em suma, a análise espacial mostra que a região central da Amazônia (RCA) apresenta intensas anomalias positivas para a média dos EET-I, EET-II e EET-III, enquanto a região nordeste (RNE) e região norte (RNO) apresentam, para a maior parte da área, anomalias negativas para as três classes. Espacialmente, anomalias para frequência não apresentam padrões claros. A avaliação quantitativa confirma o que foi observado espacialmente para a RCA: anomalia positiva na média dos eventos nas três classes de extremos e na frequência dos EET-I e EET-II para os dois períodos analisados e redução na frequência para EET-III em ambos os períodos. Da mesma forma, RNE e RNO apresentam anomalias negativas na média dos eventos extremos e na frequência para EET-I e EET-II em ambas as décadas. Para os EET-III na RNE houve anomalias positivas para frequência e para média dos eventos na década 2040-2050 e anomalias negativas para ambas variáveis na década 2090-2100. Na RNO, as anomalias na média dos eventos extremos foram positivas em ambos os períodos analisados e a frequência teve aumento na metade do século e redução no final do século. As tendências de intensificação dos eventos extremos chuvosos na RCA e de redução dos mesmos na RNE e RNO concordam com estudos prévios utilizando modelos e cenários de emissões diferentes. |