Avaliação da mecânica respiratória e sua repercussão na dispneia durante o exercício em pacientes com hipertensão arterial pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dorneles, Rui Gustavo Paulus Nenê
Orientador(a): Berton, Danilo Cortozi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/189081
Resumo: INTRODUÇÃO: Hiperinsuflação pulmonar dinâmica vem sendo descrita em pacientes com hipertensão arterial pulmonar (HAP). Sabe-se que esse achado está associado a maior percepção de dispneia ao longo do exercício, no entanto, o exato mecanismo fisiopatológico subjacente permanece pouco estudado. Portanto, foram avaliadas as respostas ventilatórias e sensoriais ao exercício em pacientes com HAP e controles pareados. OBJETIVOS: Investigar a relevância do atingimento de um volume de reserva inspiratório (VRI) crítico na percepção de dispneia durante o exercício em pacientes com HAP e controles pareados. MÉTODOS: 20 pacientes com HAP não fumantes, idade 37,5 ± 12,1 anos, relação volume pulmonar expiratório forçado no 1º segundo pela capacidade vital forçada (VEF1/CVF) 0,77 ± 0,04, e pressão média da artéria pulmonar 50,6 ± 18,1 mmHg, foram pareados a 10 controles saudáveis por sexo, idade e índice de massa corpórea. Pacientes e controles foram submetidos a espirometria, aferição de volumes pulmonares por pletismografia de corpo inteiro, medidas de pressões respiratórias máximas e teste de exercício cardiopulmonar incremental máximo limitados por sintomas com aferição seriada de capacidade inspiratória (CI), pressão gerada em volume corrente nos primeiros 100 milissegundos da inspiração (P0,1) e percepção de dispneia pela escala de Borg. RESULTADOS Quando comparados aos controles, os pacientes tiveram menor VEF1, CVF, fluxos expiratórios médios e VEF1/CVF. Para cada carga, ventilação-minuto (vE) e percepção de dispneia foram significativamente maiores nos pacientes e a percepção de dispneia permaneceu maior mesmo após normalização pela vE. Redução de CI predispôs os pacientes a atingirem um VRI crítico mais precocemente e em cargas menores de exercício. Nesse ponto, ocorreu um aumento súbito da P0,1 (ajustada para volume corrente) e da percepção de dispneia. CONCLUSÃO: Alterações de mecânica ventilatória somam-se à ventilação excessiva induzida pelo exercício para intensificar a percepção de dispneia em pacientes com HAP. Atingir um VRI crítico mais precocemente leva a dissociação neuromecânica, o que promove um rápido incremento na percepção de dispneia.