Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Valadares, Willian Rodrigues |
Orientador(a): |
Mellagi, Ana Paula Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/222485
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Resumo: |
Ao longo das últimas décadas, houve um aumento significativo no número de leitões nascidos por fêmea. Paralelo a este aumento houve também um aumento na duração do parto. Partos prolongados estão associados à uma maior incidência de natimortos, afetando diretamente a produtividade da fêmea. A suplementação com fibra no pré-parto se mostra como uma alternativa potencial para minimizar os efeitos negativos do aumento da duração do parto. A fibra tem a capacidade de modular as características das fezes facilitando a saída dos leitões ao parto e também é capaz de fornecer energia que pode ser utilizada durante o trabalho de parto, diminuindo assim a sua duração. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação de fibra no pré-parto de matrizes suínas sobre os parâmetros do parto nas fêmeas e o desempenho da leitegada. No dia 105 de gestação, um total de 402 fêmeas foram selecionadas de acordo com o escore de condição corporal, unidades Caliper, ordem de parto (0 a 6) e foram distribuídas aleatoriamente em dois tratamentos: 1) baixa fibra (BF), contendo 2,02% de fibra bruta; e 2) fibra moderada (FM), contendo 5,12% de fibra bruta. A dieta do grupo BF teve como base o milho e a soja contendo 3,26 Mcal de EM kg-1 e 0,60% SID Lys. A dieta FM também teve como base milho e soja, porém com a adição de 10% de casca de soja, contendo 3,13 Mcal de EM kg-1 e 0,60% SID Lys. As fêmeas de ambos os tratamentos foram alimentadas com 1,8 kg/dia. O escore fecal foi avaliado durante todo o período pré-parto. Os eventos relacionados ao parto foram registrados em todas as fêmeas. Foi realizada assistência ao parto quando o intervalo de nascimento passou dos 30 minutos. Os dados foram analisados pelo procedimento GLIMMIX do SAS e as comparações entre os grupos foram realizadas de acordo com o teste T de Student com um nível de significância de 5%. As fêmeas do grupo FM tiveram menos dias com fezes secas, comparadas às fêmeas do grupo BF (P= 0.008). Não foram encontradas diferenças significativas para a duração do parto (258,1±6,6 min vs. 268,5±6,7 min; P= 0,25) e assistência ao parto (30,8 vs. 39,3%; P= 0,09). As fêmeas do grupo FM tiveram um maior número de leitões nascidos totais e vivos (P= 0,01) mas sem diferença significativa na porcentagem de nascidos vivos, natimortos ou mumificados (P≥ 0,29). Os leitões do grupo BF tiveram um maior peso ao nascimento do que o grupo FM (P= 0.04). Não foram notados efeitos do tratamento sobre a mortalidade pré-desmame, número e peso de leitões desmamados (P≥ 0,10). Em conclusão, a inclusão moderada de fibra na dieta durante o pré-parto não influenciou a duração e assistência ao parto, sobrevivência de leitões, bem como o desempenho da fêmea e dos leitões durante a lactação. |