O lugar do negro no mercado de trabalho brasileiro: a informalidade, as desigualdades raciais e o racismo estrutural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Muller, Henrique da Rosa
Orientador(a): Mello, Luciana Garcia de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/241826
Resumo: O mercado de trabalho brasileiro carrega consigo a manutenção das desigualdades raciais desde seu surgimento, assim como a informalidade enquanto elemento constitutivo do mesmo. As assimetrias entre brancos e negros pode ser observada desde a colonização do Brasil, mas só no capitalismo ganham novos contornos com a manutenção do racismo e das desigualdades crônicas estruturais. Neste contexto, essa dissertação investigou o lugar da população negra no mercado de trabalho informal brasileiro, com foco no desenvolvimento das desigualdades raciais entre os anos 1995 a 2021. Foram utilizados os microdados da PNAD e PNADC desenvolvidos pelo IBGE entre esses anos, o que caracteriza este trabalho como uma pesquisa quantitativa. Reservou-se no quadro teórico a discussão conceitual das bases da construção de raça e do racismo estrutural no Brasil. Também elencamos nesta parte o debate conceitual sobre a história das desigualdades raciais construída no mercado de trabalho brasileiro. Os dados empíricos nos mostraram que as assimetrias entre brancos e negros na informalidade nunca diminuíram, ao contrário, permanecem inalterada ou em momentos crises econômicas ampliaram o cenário de desigualdades. Principalmente quando analisados os últimos ciclos políticos e a crise econômica sanitária desenvolvida pela pandemia do Coronavírus. Percebemos que as variáveis raça e gênero condicionam para o homem negro e a mulher negra as piores posições no interior da informalidade quando comparado a competição entre os brancos. Desta forma, raça e gênero garantem ao grupo negro os piores indicadores em renda, desocupação e educação no mercado de trabalho informal.