Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Lúcia Donato da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/30684
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Resumo: |
Presente em grande parte das discussões sobre questões sociais da contemporaneidade, o conceito de “raça” tem se mostrado bastante controverso. Se, por um lado, esse conceito tem sido amplamente utilizado na luta por direitos sociais e igualdade de oportunidades, ele também, muitas vezes, é criticado por não ser embasado cientificamente, já que biologicamente não há “raças humanas”, amparando, igualmente, discursos antirracistas. O objetivo desta pesquisa é, sob o ponto de vista da Linguística Cognitiva, investigar as representações cognitivas do Modelo Cognitivo Idealizado (LAKOFF, 1987) de RAÇA. Para tanto, recorremos à linguística de corpus, uma vez que o estudo dessas representações tem como base as marcas linguísticas por elas licenciadas. Em relação aos procedimentos metodológicos, analisamos quinhentas ocorrências do termo “raça” no Corpus do Português. Propomos a categorização dessas ocorrências através de cinco frames (FILLMORE, 1982): ESPÉCIE, SUBESPÉCIE, ETNIA, CATEGORIA e DETERMINAÇÃO. Observamos que o frame mais recorrente foi ETNIA, o único exclusivamente humano. Com base nos resultados, argumentamos que a subdivisão dos seres humanos em “raças” é uma evidência do racismo estrutural (JAMES, 1996). Dessa forma, defendemos que o racismo estrutural é também cognitivo / conceptual, pois, assim como a metáfora conceptual e a metonímia conceptual (LAKOFF e JOHNSON, 1980), ele é inconsciente, sistemático e convencionalizado, características que o situam em nosso sistema conceptual. |