Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Sy, Dorothée Marguerite Marie |
Orientador(a): |
Furtado, Carlos Ribeiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188400
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é analisar a localização dos conjuntos habitacionais Novo Tempo I e II do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), na cidade de Lajeado, capital regional do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, em relação aos equipamentos públicos de educação, de saúde e de lazer desta cidade. Partindo dos conceitos de segregação sócio-espacial, apresentase um estudo de caso sobre a segregação social e espacial em uma cidade de porte médio. Ao todo, 28 prédios compõem os conjuntos habitacionais Novo Tempo I e II, contendo 16 apartamentos cada, situados na faixa de renda 1, a mais baixa do programa governamental MCMV. Nessa categoria são acolhidas 498 famílias com renda mensal de até R$ 1.600,00. O maior empreendimento social da cidade está situado no lugar de um antigo lixão a céu aberto, no limite entre os bairros Santo Antônio e Jardim do Cedro. O bairro Santo Antônio, tradicionalmente operário, localiza-se em uma região que, desde o início do desenvolvimento da cidade, os moradores sofrem preconceito e estigmatização. O estudo foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica sobre a segregação sócio-espacial, dialogando com dados recolhidos em pesquisa de campo, através de uma análise da evolução espacial geral da cidade, entrevistas e visitas com o método da observação flutuante nos conjuntos habitacionais, e acompanhamento das diversas reuniões pré-ocupação. A hipótese levantada é de que a localização do conjunto habitacional MCMV na cidade reproduz o processo de periferização da moradia de baixa renda, mantendo assim uma lógica segregacionista que caracteriza esse tipo de empreendimento no Brasil. Os resultados parciais apontam para o agravamento da segregação sócio-espacial da população de mais baixa renda. Os efeitos segregativos parecem ser amenizados por ações de solidariedade redistributiva e dos serviços sociais, entretanto, continua operando a lógica da periferização e concentração dos pobres em determinados lugares pouco valorizados da cidade. Além disso, no contexto e nas condições de vida em que os indivíduos se encontram, a concessão de um bem imóvel representa uma evidente ascensão social celebrada por todos. |