Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Dorisnei Jornada da |
Orientador(a): |
Franco, Sérgio Roberto Kieling |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276997
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Resumo: |
Os primeiros anos de vida de uma criança são fundamentais para o seu desenvolvimento e aprendizagens, as vivências no cotidiano e a interação com adultos e pares são determinantes na sua constituição psíquica. Atualmente, os resquícios da pandemia do coronavírus e as dificuldades das escolas de educação infantil conveniadas em acolher e acompanhar as muitas crianças com questões em seu desenvolvimento psíquico instigaram a pesquisa. A tese nos convoca a refletir e valorizar o espaço dos berçários das escolas de educação infantil, enquanto também uma forma de se intervir a tempo na subjetividade dos bebês que se encontram em sofrimento psíquico. Trabalha-se com a ampliação da operação constituinte denominada Alienação - alienar-se ao Desejo do cuidador primordial- para o desdobramento desta operação, de forma pontual, no espaço da educação infantil, primeiramente a partir da implicação amorosa dos educadores, depois pela convocação destes e dos pares, enquanto duplos potencializadores. Foram atores de nossa pesquisa-intervenção 59 crianças entre 9 meses e dois anos e meio de idade que frequentaram os berçários de quatro escolas infantis conveniadas com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, 13 educadores de berçário e 5 coordenadores pedagógicos dessas escolas. Os dados foram coletados através de diversos instrumentos (questionários, Google forms, observações, diários de campo, fotos, rodas de conversa, Dispositivo estruturante do educador de bebês/DEEB, entrevistas abertas a pais e educadores e intervenções estruturantes do pesquisador no brincar e conversar com as crianças) tecido em leituras a partir dos paradigmas da educação especial de perspectiva inclusiva, e das noções da Psicanálise Freudo-lacanianas. As observações foram realizadas mensalmente, durante 12 meses, de 2021 a 2022. Para fins de análise, privilegiou-se a apresentação pormenorizada de casos de oito bebês, suas educadoras e pares. Notou-se que há o educador implicado e estruturante que, com seu encantamento e desejo não-anônimo de educar e cuidar um bebê, abre um novo caminho pulsional para o bebê que necessita de maior intervenção em forma de Alienação Pontual Simbólica Socorredora e de duplos potencializadores. Também se considerou que há educadores que acompanham os bebês como pessoa próxima - em uma Alienação Pontual Simbólica Proximal, observando as trajetórias, conflitos e brincadeiras entre os bebês e mediando a relação entre os pares, proporcionando que o bebê que está bem coloque se como duplo potencializador da criança que está com entraves em seu desenvolvimento, contornando o sofrimento psíquico deste ao ser incluído em algum tipo de laço com o pequeno semelhante (par). As aberturas diferenciadas da rede familiar, enquanto produção de fratrias de semelhantes, duplos potencializadores e novas formas de identificação e laços ao colega e ao educador de referência no espaço educativo, mostraram-se recursos potentes para um bebê sair do isolamento e formar laços. Considera-se aqui que a intervenção a tempo na escola infantil é aquela que faz um trilhamento, ao criar formas de intervenções educativas e simbólicas em outro tempo, o tempo dos pequenos sujeitos-bebês-crianças em constituição na abertura do encontro com o educador e os pares. A escola de educação infantil apresentou sua força e beleza nesta pesquisa-intervenção, ao mostrar-se como um espaço de co-participação na constituição da subjetividade de um bebê. |