Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Gobbato, Carolina |
Orientador(a): |
Barbosa, Maria Carmen Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/29947
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta um estudo que tem como tema a educação dos bebês nos espaços da escola infantil. A pesquisa parte da problematização da invisibilidade e do não-lugar que caracteriza os berçários brasileiros atualmente, conforme constatado em pesquisas nacionais que revelaram que os bebês saem muito pouco da sala e que quase não participam das propostas da instituição, diferentemente das outras turmas. Desse modo, o objetivo central da pesquisa foi investigar as vivências dos bebês nos diferentes espaços da escola infantil, analisando como sua presença nesses contextos de vida coletiva pode implicar em possíveis redimensionamentos do fazer pedagógico com bebês. Trata-se de uma pesquisa realizada em uma escola de educação infantil da rede municipal de Porto Alegre; num grupo de 15 bebês, com idade entre 4 e 18 meses no início do estudo, e suas educadoras. Na perspectiva de um estudo qualitativo, os dados foram construídos na observação das atividades cotidianas do grupo na escola e pelas entrevistas-conversas realizadas com os profissionais; foram documentados por imagens fotográficas e por registros escritos. Numa interlocução disciplinar, utilizaram-se como principais referenciais teóricos as contribuições da Psicologia Social-Cultural de Barbara Rogoff e da Sociologia da Infância em diálogo com autores da educação infantil. As análises revelaram que os bebês constroem novos significados para a escola através das ações e relações sociais que estabelecem quando estão nos diferentes espaços da instituição, reconfigurando-os pela sua participação. A escola, com proposições pedagógicas planejadas para além da sala do berçário, propicia novas possibilidades de vivências aos bebês a partir da criação conjunta dos contextos de vida coletiva, através da inserção desses sujeitos nas práticas sociais e culturais que ali acontecem. O estudo sugere uma revisão da sala como local único e privilegiado para as aprendizagens dos bebês na creche, uma vez que os dados da pesquisa mostraram que as mesmas são ampliadas e potencializadas nos seus diferentes espaços; o que implica na necessidade de qualificá-los, na medida em que são concebidos como contextos que educam. A pesquisa evidenciou que é possível que se garanta uma maior presença das turmas de berçário nas propostas e nas práticas de vida coletiva das instituições de educação infantil, bem como nos múltiplos espaços que as compõem; contudo, a inclusão dos bebês como frequentadores dos espaços de uso coletivo exige planejamento, trabalho em equipe e adequações. Depreende-se que essa prática pode construir um lugar de respeito e participação do grupo do berçário no coletivo da escola infantil e, assim, redimensionar o que vem prevalecendo como fazer pedagógico nas instituições que atendem a faixa etária de 0 aos 3 anos. |