Ofício de educar em abrigo institucional : diálogos com trabalhadores-educadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Girotto, Willian Mella
Orientador(a): Amador, Fernanda Spanier
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/141504
Resumo: O presente estudo compreende uma pesquisa que investigou o trabalho de educador de abrigo institucional. Este estabelecimento destinado a crianças e adolescentes com Medida de Proteção encontra-se vinculado à Alta Complexidade da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a qual vem estruturando ações e serviços para os cidadãos que dela necessitam. Nesse sentido, afirmando a Assistência Social enquanto campo de trabalho, problematizamos as configurações do capitalismo contemporâneo, engendrando os modos de trabalhar e de subjetivar neste contexto, bem como recorremos a duas abordagens das denominadas Clínicas do Trabalho, Ergologia e Clínica da Atividade, de modo a subsidiar as análises do trabalho na Assistência Social enquanto atividade. Utilizando diferentes pistas da estratégia cartográfica de pesquisa, a qual possibilita acompanhar processos, foi possível estar na situação de trabalho com os trabalhadores realizando encontros coletivos pelos quais buscamos tangenciar a experiência de dizer o trabalho. Com isso, foram produzidos diálogos, portadores de expressão e conteúdo, na condição de analisadores da atividade de trabalho. O trabalho implica uma gestão dos afetos que são engendrados nas relações com os acolhidos e demais trabalhadores a qual nenhuma dimensão prescritiva é capaz de antecipar. Face ao vazio de normativas acerca dos modos operatórios do trabalho de educar, o coletivo de trabalho configura-se enquanto um recurso para o enfrentamento das provações do real do trabalho o qual comporta um drama a ser vivido entre o controle e a produção de vida. A partir desse estudo, apontamos para a necessidade de catalisar intervenções que convoquem o trabalhador-educador na função de analista dos movimentos processuais de seu trabalho enquanto atividade, cultivando o ofício e produzindo trans-formações no e pelo trabalho, o qual implica diretamente a relação com as crianças e adolescentes em acolhimento institucional.