A caveolina-1 como reguladora fisiológica na ativação de células estreladas hepáticas : um novo modelo in vitro de doenças hepáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ilha, Mariana
Orientador(a): Guma, Fátima Theresinha Costa Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/203905
Resumo: As caveolas e os rafts lipídicos são importantes plataformas de sinalizações, nas quais aglomerados de proteínas e alguns lipídios fazem o correto posicionamento para intensificar a qualidade da amplificação da sinalização. A caveolina-1 (Cav-1) é uma proteína estrutural, presente em todas as organelas e tipos celulares, conhecida por fazer ligações com outras proteínas, sendo importante na homeostase do colesterol, endocitose, migração, respiração celular, transcitose, autofagia, ativação e adesão celular. O aumento da expressão de Cav-1 em fígados cirróticos e doenças hepáticas crônicas mostra a importância do controle da homeostase desta proteína. A célula estrelada hepática (HSC) é a principal responsável por produzir proteínas de cicatrização ou matriz extracelular fibrótica (MEC) em lesões hepáticas, expressando marcadores clássicos de ativação, tais como: alfa actina de musculo liso (αSMA), colágeno do tipo I (Col-I) e proteína glial fibrilar ácida (GFAP). Neste estudo, desenvolvemos duas linhagens permanentes derivadas das células GRX, um conhecido modelo murino de HSC, uma que superexpressa a proteína Cav-1, denominada GRXEGFP-Cav1 e outra silenciada para Cav- 1, a GRXGFPshCav1. Primeiro, mostramos que a superexpressão de Cav-1 foi suficiente para ativar as células GRXEGFP-Cav1 e com isso propomos que a Cav-1 possa ser um potencial marcador molecular para ativação das HSCs. A seguir, mostramos que a superexpressão de Cav-1 favoreceu a formação de culturas de esferoides 3D, ativando rotas de apoptose e necrose celular, diminuindo a migração celular a partir do esferoide. Por fim, mostramos que tanto a superexpressão quanto o silenciamento de Cav-1 foi capaz de aumentar parâmetros de respiração celular ligada ao ATP, mudar morfologia das redes mitocondriais e das mitocôndrias e modular as interações entre membrana mitocondrial (MAM) e retículo endoplasmático (RE). Em suma, nesta tese, mostramos o envolvimento da Cav-1 na fisiologia da ativação das HSC. Por fim, os resultados obtidos, nos permitem propor que desenvolvemos e caracterizamos um novo modelo in vitro de HSC ativadas para os estudos de doenças hepáticas.