Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Denardin, Cristiane Casagrande |
Orientador(a): |
Guma, Fátima Theresinha Costa Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194572
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Resumo: |
A presença de compostos fenólicos nas dietas ricas em frutas e vegetais tem atraído a atenção de diversos pesquisadores devido aos seus efeitos antioxidantes, os quais atuam na prevenção e combate de diversos tipos de enfermidades. O Brasil é um país com rica diversidade de flora e fauna, o qual apresenta um grande potencial para a descoberta de substâncias que já são utilizadas há muito tempo na medicina popular, mas ainda não possuem comprovação científica. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo verificar o potencial antioxidante de extratos de frutas nativas do Brasil através da determinação dos compostos bioativos e capacidade antioxidante in vitro, a fim de selecionar uma fruta que apresentasse efeitos biológicos promissores sobre a proliferação, viabilidade celular e mecanismos de resolução do estado de ativação de células estreladas hepáticas ativadas. Os extratos de amora-preta (Rubus sp.) Xavante e pitanga roxa (Eugenia uniflora L.) apresentaram o maior conteúdo de compostos fenólicos totais, sendo que diversos compostos foram identificados nestas frutas, como derivados de quercetina, quercitrina, isoquercitrina e cianidina-3- glicosídio, entre outros, os quais podem estar contribuindo para a elevada capacidade antioxidante destas frutas. A maior atividade antioxidante no ensaio DPPH foi observada no extrato de pitanga roxa, que também apresentou maior atividade nos ensaios de FRAP e TRAP, sendo, portanto a fruta de escolha para os testes de atividade biológica em cultura de células. O extrato de pitanga roxa reduziu significativamente, e de modo dose-dependente, a viabilidade e proliferação celular das células estreladas hepáticas ativadas (linhagem celular GRX), além de promover alterações no ciclo celular. Também observamos uma redução significativa na massa e potencial de membrana mitocondrial nas células tratadas com 5, 50 e 100 µg/mL do extrato, o que pode estar relacionado com o aumento na morte celular por apoptose e necrose observada neste estudo. Além disso, observamos um aumento significativo na granulosidade citoplasmática das células tratadas com 50 e 100 µg/mL do extrato de pitanga roxa, o que foi provocado pelo aumento no número de autofagossomos e autolisossomos observados por microscopia eletrônica de transmissão. A indução da autofagia e mitofagia foram comprovadas pela presença de organelas vacuolares ácidas coradas por acridine orange, pelo aumento da expressão da proteína relacionada com a autofagia, Atg7, e pelo aumento da colocalização de mitocôndrias e lisossomas nas células tratadas. Este é o primeiro estudo demonstrando o efeito do extrato de pitanga roxa sobre a resolução do estado de ativação das células estreladas hepáticas. Porém, mais estudos devem ser realizados para verificar o efeito desta fruta sobre as outras células hepáticas envolvidas na fibrose hepática, além de avaliar o efeito in vivo deste extrato em modelos experimentais de fibrose em animais. |