Avaliação do medicamento anti-hipertensivo doxazosina como potencial agente antiproliferativo nas células estreladas hepáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sousa, Arieli Cruz de
Orientador(a): Guma, Fátima Theresinha Costa Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/247146
Resumo: A fibrose hepática é caracterizada pelo acúmulo de matriz extracelular (MEC) após lesão hepática crônica e pode levar à cirrose. As células estreladas hepáticas (HSC) desempenham um papel crucial durante a fibrogênese, alterando seu fenótipo quiescente para um fenótipo ativado para proteger áreas saudáveis das áreas danificadas. Estratégias para controlar a fibrose hepática envolvem a promoção de apoptose e/ou o retorno ao estado de quiescência das HSC ativadas. A doxazosina é um anti-hipertensivo, antagonista dos receptores alfa-1 adrenérgicos, que também possui efeitos antifibróticos e pró-apoptóticos. Neste estudo, através da estratégia de reposicionamento de fármacos, buscamos avaliar os efeitos da doxazosina nas HSC. Para isso, foram utilizadas duas linhagens celulares de HSCs: LX-2 (humana) e GRX (murina). O efeito da doxazosina sobre a viabilidade e a proliferação destas células foi determinado através dos ensaios de MTT e Sulforrodamina B (SRB), depois de estabelecida uma curva de concentração em função do tempo de exposição ao fármaco. Definimos o tempo de 48 horas e escolhemos as concentrações de 18, 27, 36 e 45 μM para LX-2 e de 13.5, 18, 27 e 36 μM para GRX. A partir dos valores de MTT, determinamos o IC50. A partir do IC50, escolhemos a concentração para avaliação da morte celular: 13.5 μM para GRX e 27 μM para LX-2. Os resultados do MTT e SRB, nas duas linhagens, demonstraram diminuição significativa na viabilidade e confluência. A análise da morte celular mostrou que nas LX-2, esse efeito está relacionado com indução de apoptose. Porém, nas GRX, a análise morfométrica nuclear sugere a indução de senescência celular, observada pelos núcleos aumentados no tratamento com doxazosina. A confirmação da indução de senescência celular será feita através da atividade da β-galactosidase. Como perspectivas futuras, pretendemos, em ambas as linhagens, determinar o quanto o tratamento interfere no estado de ativação das células, pela expressão de proteínas marcadoras de ativação como, α-SMA, colágeno tipo I e TGF-β.