Efeitos da gastrectomia vertical e do bypass gástrico em Y de Roux na doença do refluxo gastroesofágico, medidos de forma objetiva por meio de endoscopia, manometria e phmetria esofágica : revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Valentini Junior, Dirceu Felipe
Orientador(a): Gurski, Richard Ricachenevsky
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/268218
Resumo: Introdução: O potencial surgimento ou agravamento da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) após a realização da Cirurgia Bariátrica e Metabólica é uma das principais preocupações do cirurgião. Este tema tornou-se um tópico central de debate da comunidade científica. Objetivo: O objetivo dessa Revisão Sistemática e Metanálise é avaliar os efeitos da Gastrectomia Vertical (GV) e do Bypass Gástrico em Y-de-Roux (GBYR) na anatomia da junção esofagogástrica, na exposição ácida do esôfago e na motilidade esofágica. Métodos: Uma revisão sistemática da literatura, sem restrição de idioma ou de data de inserção, foi realizada nos seguintes bancos de dados: PubMed, Embase, Lilacs, Scopus, Web of Science e Cochrane. Foram selecionados artigos reportando parâmetros objetivos em exames de monitorização do pH esofágico e/ou manometria esofágica e/ou endoscopia digestiva alta antes e depois da realização da cirurgia bariátrica (GV ou GBYR). Os dados foram sumarizados por metanálise, através do modelo de efeitos randômicos, e os resultados apresentados como diferença média ponderada e risco relativo. Os estudos foram divididos em grupos, de acordo com a presença ou ausência de DRGE na avaliação pré-operatória, e uma análise de subgrupo foi realizada. Resultados: Trinta e nove artigos, com um total de 2318 participantes, relataram dados objetivos dos testes antes e depois da GV. Para RYGB, dezessete estudos, compreendendo 665 pacientes, atenderam os critérios de inclusão. Comparado ao pré-operatório, ocorreu um aumento significativo no Tempo de Exposição Ácida (TEA) e no Escore de DeMeester (DMS) após a GV. Na manometria esofágica, observou-se uma diminuição na pressão de repouso e no comprimento total do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) no seguimento após a GV. A análise conjunta dos dados demonstrou um aumento significativo da prevalência de Esofagite Erosiva (EE) após a GV. Na avaliação dos estudos que incluíram apenas pacientes sem DRGE no pré-operatório, a GV também foi associada a um aumento da exposição ácida esofágica (TEA e DMS). Neste grupo, a incidência de EE foi de 27.6% e a incidência de Esôfago de Barrett (EB) foi de 5.72%. Após o BYGR, ocorreu uma diminuição no TEA e no DMS. Observou-se uma diminuição na prevalência de EE após o BGYR. Não ocorreu mudança significativa dos parâmetros da manometria quando comparado os valores de antes e depois da realização do BGYR. Conclusão: A gastrectomia vertical (GV) é associada com um aumento do refluxo ácido, maior risco de EE e de BE, e piora da função motora do esôfago e da junção esofagogástrica. Após Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR) ocorreu uma diminuição o tempo de exposição ácida esofágica e uma diminuição da prevalência de Esofagite Erosiva.