Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gimenez, Marcio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-08082022-094056/
|
Resumo: |
A gastrectomia vertical é atualmente a cirurgia bariátrica mais realizada a nível global. Estudos indicam essa cirurgia como fator de agravamento ou até mesmo surgimento de sintomas da doença do refluxo gastroesofágico. A literatura aponta alterações estruturais e fisiológicas pós-operatórias que podem justificar esse resultado. O esvaziamento gástrico acelerado é descrito como um fator atenuante. Esse poderia ser potencializado por meio do acréscimo de uma piloroplastia. Apesar do possível benefício no refluxo gastroesofágico patológico, existe o risco potencial de resultar em refluxo alcalino duodeno-gástrico. O presente estudo objetivou padronizar a técnica da gastrectomia vertical com piloroplastia em ratos e nesse modelo, analisar a complementação descrita, em termos de: mortalidade, taxa de complicação, evolução ponderal, avaliação do esvaziamento gástrico, trânsito intestinal e da gênese de possível refluxo duodeno-gastro-esofágico. Foram utilizados noventa e cinco ratos machos da raça Wistar, inicialmente divididos em dois estudos: piloto (para padronização da técnica cirúrgica e de estudo cintilográfico) e principal. Foram então subdivididos em três grupos: grupo controle (submetidos a laparotomia Sham); grupo gastrectomia vertical convencional (GVC) e grupo gastrectomia vertical com piloroplastia (GVP). Após três meses de observação, os animais foram submetidos a dois experimentos com cintilografia e também análise histológica de biópsias gástricas. No primeiro experimento cintilográfico foi administrado radioisótopo por meio de gavagem e avaliado entre os grupos: refluxo gastroesofágico, esvaziamento gástrico e trânsito intestinal. No segundo experimento cintilográfico foi administrado radioisótopo de excreção biliar por via endovenosa, e avaliado o refluxo entero-gástrico. Os animais submetidos aos experimentos tiveram biópsias gástricas analisadas por estudo histopatológico que mensurou, nos diferentes grupos, inflamação e alterações frequentemente encontradas no refluxo alcalino. A mortalidade e taxas de complicação foram semelhantes entre os grupos. A curva ponderal entre os grupos GVP e GVC foi semelhante, porém inferior a do grupo controle. O refluxo gastroesofágico e o trânsito intestinal não apresentaram diferença estatística entre os grupos. O esvaziamento gástrico dos grupos submetidos às gastrectomias foi maior ao do grupo controle, porém estatisticamente sem variação entre os grupos GVP e GVC. O refluxo alcalino, tanto por análise cintilográfica quanto histológica não revelou diferença entre os grupos. Concluiu-se que o modelo experimental padronizado se mostrou adequado. A gastrectomia vertical, com ou sem piloroplastia promoveu esvaziamento gástrico acelerado em relação ao estômago não operado. A piloroplastia não apresentou alteração estatisticamente relevante no refluxo gastroesofágico, esvaziamento gástrico, trânsito intestinal e refluxo alcalino. |