Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Dorneles, Patricia Paludette |
Orientador(a): |
Dias, Alexandre Simões |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202228
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Resumo: |
O acometimento de desequilíbrios posturais pode ser bastante prejudicial aos indivíduos, como consequência há o aumento no risco de quedas, redução da autonomia motora, diminuindo assim, a qualidade de vida do indivíduo. Sabe-se que a disfunção dos músculos periféricos é um dos fatores que contribui para a redução da tolerância ao exercício vivenciada pelos pneumopatas, e que este declínio da atividade física nos candidatos a transplante de pulmão (Tx) está associado ao aumento no número de mortes dos pacientes mais sedentários em lista de espera. O presente estudo tem como objetivo avaliar a relação do equilíbrio postural com variáveis funcionais e biomecânicas, além de verificar o efeito da reabilitação pulmonar (RP) sobre essas variáveis em candidatos a transplante de pulmão. Foram avaliados oito candidatos a Tx, todos pacientes do Serviço de Pneumologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) (CAE: 68816917.9.0000.5327). A coleta de dados foi realizada no HCPA, após a assinatura do TCLE, foi realizada uma anamnese, seguida da avaliação antropométrica. Para as avaliações foram utilizados: Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), Teste de Tinetti, Teste de Sentar e Levantar em 30’’ (TSL30”), Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6’), um ultrassom e uma célula de carga. Após a realização de todas as avaliações os indivíduos realizaram 24 sessões de reabilitação pulmonar, e após a finalização da reabilitação refizeram todos os testes. Os resultados apontam correlações positivas e fortes entre o Teste de Tinetti e a Escala de Equilíbrio de Berg (r= 739; p= 0,03) e o Teste de Tinetti e o TC6’ (r= 939; p= 0,00), indicando que elas são diretamente proporcionais, ou seja, quanto melhor o equilíbrio postural, melhor a funcionalidade em candidatos a Tx, no entanto, não houve correlação entre o equilíbrio postural e a espessura e a força muscular e nem com o TSL30”. Quanto o TC6’ e a força muscular, houve diferença estatisticamente significativa entre os valores obtidos e os preditos para essa faixa etária e sexo, mostrando eles possuem fraqueza muscular e por consequência a funcionalidade desses pacientes está prejudicada. Quanto aos valores de espessura muscular, com exceção de um dos indivíduos, todos os outros apresentaram médias menor do que a predita para a sua faixa etária e sexo. O estudo também se propôs a avaliar o efeito da reabilitação pulmonar, encontramos que a EEB (Pré: 51 pontos (47-53); Pós: 55 pontos (53-56); p= 0,02), o Teste de Tinetti (Pré: 25 pontos (24-27); Pós: 28 pontos (26-28); p= 0,04), o TSL30” (Pré: 10 repetições (9-10); Pós: 12 repetições (11-13); p= 0,02), risco médio de queda (Pré:38% (21-63); Pós 4% (0-21); p= 0,02) e força muscular de extensores do joelho (Pré: 22,68 Kgf (19,22 – 24,72); Pós: 59,06 Kgf (23,49 – 131,18); p= 0,04) foram estatisticamente diferentes após a RP, a única variável que não apresentou diferença estatisticamente significativa foi o TC6’. Mesmo que a RP não tenha realizado exercícios específicos para o ganho de equilíbrio, encontramos uma melhora significativa, sugerindo que exercícios funcionais, resistidos e aeróbicos, são capazes de melhorar a funcionalidade, o controle postural e consequentemente na reduzir do risco de quedas em candidatos a Tx. |