Qualidade ambiental da sub-bacia hidrográfica do Córrego José Joaquim, Sapucaia do Sul (RS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Krummenauer, Anne
Orientador(a): Basso, Luis Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/215014
Resumo: Com o intuito de contribuir para o avanço no tratamento das águas urbanas no Brasil, e, em especial, do Rio dos Sinos, apresente pesquisateve o objetivo de avaliaraspectos da qualidade ambiental da sub-bacia hidrográfica do córrego José Joaquim, em Sapucaia do Sul (RS): a integridade física,a qualidade da águae a percepção ambiental.A área deestudo foi dividida em seis pontos de avaliação, nomeados, de montantepara jusante, de PR, P1, P2, P3, P4 e P5. A qualidade da água foi obtidaem duas campanhas de monitoramento (1, em agosto de 2019,e2,em março de 2020), através da avaliaçãode 16 parâmetros físico-químicos e bacteriológicos da água. A integridade física foi obtida através da adaptação e aplicação do Protocolo de Avaliação Rápida daIntegridade Física para Córregos Antropizados (PAR-CA), em março de 2020. De maneira complementar, foi avaliada qualitativamente a percepção ambiental de 19 moradores do entorno do córrego e de dez funcionários da Prefeitura Municipal de Sapucaia do Sulatravés de entrevistas. Conforme a Resolução CONAMAn. 357, de 17 de março de 2005, na campanha 1, as águas dos pontos amostrais foram compatíveis com a Classe 1 (PR e P2), Classe 2 (P5), Classe 3 (P1 e P4) e Classe 4 (P3), já na campanha de 2, as águas de todos os pontos foram enquadradas na Classe 4. Os piores resultados relacionaram-se com os parâmetros coliformes termotolerantes, fosfato total e condutividade elétrica, o queindica poluição por esgotos domésticos e,possivelmente,por efluentes industriais. Os resultados do PAR-CA classificaram o ambiente como: “bom”, no PR (170 pontos) e no P1 (130 pontos); “ruim”, no P2 (15 pontos), no P3 (30 pontos) enoP4 (20 pontos); e “regular” no P5 (85 pontos). Os resultados da avaliação da qualidade das águas e da integridade física da sub-bacia do córrego José Joaquim apontam para um declínio da qualidade ambiental de montante para jusante, embora o declínio não seja constante devido a uma melhora registrada no último ponto de avaliação (P5). A menor qualidade ambiental associa-se às áreas em que a urbanização é mais expressiva e onde o córrego está canalizado.O estudo da percepção ambiental foi elucidativo para apontar, de maneira qualitativa, uma predominância de pensamento antropocêntrico junto aos moradores (89% dos entrevistados): o córrego é visto apenas como um prestador de serviços à população. Evidenciou-se que a melhora de aspectos da qualidade ambiental da sub-bacia do córrego José Joaquim depende de medidas como coleta e tratamento eficiente dos esgotos domésticos, reversão da descaracterização física do canal fluvial, incentivo à participação social na gestão dos recursos hídricos e educação ambiental.