A percepção da qualidade do ar, da poluição dos córregos e rios, e da influência destas sobre a saúde, pelos residentes da Comunidade Carlos Chagas, no bairro de Manguinhos, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Tovar, Claudio Silveira
Orientador(a): Hacon, Sandra de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20052
Resumo: Os danos ambientais ocasionados pela rápida expansão urbana mal planejada são capazes de impactar de forma extremamente desfavorável a qualidade de vida dos residentes de uma determinada localidade. A forma como os indivíduos afetados percebem estas alterações ambientais é variável e está relacionada a inúmeros fatores cognitivos, culturais e econômicos. Este trabalho acadêmico tem como objetivo avaliar a percepção dos moradores da Comunidade Carlos Chagas, localizada no Bairro de Manguinhos, acerca da qualidade do ar, da poluição dos recursos hídricos e de possíveis influências destas alterações ambientais sobre a saúde humana. Um questionário conciso, composto por perguntas específicas não só sobre a percepção ambiental, mas também sobre características sócio-demográficas da população selecionada, foi aplicado a residências distintas, aleatoriamente selecionadas. Dentre os entrevistados, 55,3% eram do sexo masculino e 44,7% do sexo feminino, com idade média de 41,4 (SD ± 17,9) anos. A renda domiciliar, composta pelo somatório dos valores absolutos dos ganhos de todos os moradores residentes no mesmo endereço foi de até R$ 1000,00 (hum mil reais) para 28,9% dos participantes, acima de R$ 1000,00 até R$ 2000,00 para 52,6%,e superior a R$ 2000,00 para 18,4% dos mesmos. Poeira e cheiro do lixo foram apontados por 80% dos entrevistados como os principais responsáveis pela má qualidade do ar. Menos da metade, cerca de 47%, consideram a poluição veicular relevante. O odor do lixo também foi considerado por 66% dos participantes como o principal risco à saúde sendo os resfriados frequentes (84,2%), dor de cabeça (81,6%), falta de ar (78,9%) e irritação nos olhos (71,1%) as principais manifestações físicas ligadas à poluição atmosférica. Todos consideraram a qualidade da água dos rios como ruim e 76,3% afirmaram ser essencial a limpeza dos mesmos para a recuperação da fauna local. A responsabilidade pela degradação ambiental na área do estudo foi atribuída à população local por 11%, ao governo por 5% e a ambos por 84% dos entrevistados