Gestão dos recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Munim – MA

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Mendes, Jonas Jansen
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Hidrografia; Rios; Hydrography DLC
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239315

A diversidade de interesses nos recursos hídricos coloca em risco a disponibilidade, a oferta e a escassez das águas, sendo de relevante interesse a investigação, por meio dos instrumentos e indicadores de gerenciamento desse recurso natural. O uso dos recursos hídricos utilizados de forma insustentável tem colaborado para o desenvolvimento de conflitos entre os múltiplos usuários de água. Como estratégia para mediar esses conflitos, propõe-se a gestão dos recursos hídricos, no intuito de assegurar a disponibilidade desse patrimônio natural. Sendo assim, a presente pesquisa tem o objetivo de compreender a gestão dos recursos hídricos do rio Munim - MA, a partir das suas características hidrológicas, conflitos de usos e potencialidades, visando o gerenciamento das águas. Como procedimento metodológico foi realizado pesquisas bibliográficas, pesquisas de campo, elaboração de material cartográfico, para manipulação e geração de produtos matriciais e vetoriais, visando a caracterização hidrológica e potencialidades de usos da terra, além da aplicação de questionários e indicadores que contribuíram na identificação da capacidade de gestão dos recursos hídricos. Os resultados revelaram que a bacia hidrográfica apresenta um relevo plano, com pouco escoamento superficial e alta infiltração de água no solo, a partir do índice de rugosidade, verificou-se que a área em estudo apresenta potencial para pastagem, no entanto, a maior demanda de água é para consumo humano e as maiores vazões para abastecimento público e mineração. A ação do comitê de bacia hidrográfica é considerada insuficiente por seus membros, por falta de recursos financeiros, má gestão ou baixa efetividade dos membros participantes, os indicadores de gestão demonstraram que nenhum município possui alta eficiência na gestão dos recursos hídricos, o que implica, em frágil estrutura organizacional. Em relação, ao uso e cobertura da terra, no ano de 2020 cerca de 90,49% da bacia hidrográfica é ocupada por formações florestais e as atividades econômicas em evidência é a pecuária, silvicultura e agricultura, principalmente com o desenvolvimento da soja na região, essa aptidão tornou-se evidente com o mapeamento do uso potencial da terra, indicando cerca de 97,93% do território, com potencialidade para agricultura ou pastagem. Logo, a análise integrada de fatores naturais, estruturais, formas de uso e os conflitos que ocorrem em uma bacia hidrográfica, colaboram para a indicação de modelos sustentáveis de desenvolvimento, formas de uso e ocupação da terra e a conservação ambiental.