Estudo dos aspectos dermatoscópicos dos melanomas e sua associação com a expressão imuno-histoquímica de PD-L1

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Frainer, Renata Hubner
• Orientador(a): Bakos, Renato Marchiori
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Melanoma; Dermoscopia; Neoplasias cutâneas; Imuno-histoquímica
• Palavras-chave em Inglês: Dermoscopy; Skin neoplasms; Immunohistochemistry
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/216978

Base teórica O melanoma apresenta significativa morbi-mortalidade, sendo sua gênese causada por uma série de fatores constitucionais, genéticos e ambientais. A dermatoscopia aumenta significativametne sua acurácia diagnóstica. Além de possuir estreita correlação histológica, alguns achados dermatoscópicos parecem estar relacionados com expresões de BRAF, KIT e NRAS. No entanto, faltam estudos que os associem com expressão de PD-L1. Objetivo Avaliar a correlação entre achados dermatoscópicos de melanomas cutâneos primários e a expressão de PD-L1 nesses tumores. Métodos Estudo retrospectivo, transversal, no qual foram incluídos todos os pacientes diagnosticados com melanoma cutâneo no serviço de dermatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre os anos de 2011 e 2014, que possuíam registro de imagens dermatoscópicas da lesão primária. As imagens dermatoscópicas foram visualizadas por dois dermatologistas e descritas por suas características referentes às cores e às estruturas, consoante a metodologia da análise de padrões e da análise de padrões modificada. Para a análise imuno-histoquímica, foi utilizado o anticorpo primário PD-L1, clone 28-8 e sua expressão foi avaliada quanto à positividade. Finalmente, foi avaliada a associação dos padrões e das estruturas dermatoscópicas com a positividade da expressão imuno-histoquímica. Conclusão Um total de 35 pacientes preencheram os critérios de inclusão para o estudo. Destes, 16 (45,71%) eram mulheres, sendo a média de idade no momento do diagnóstico de 64,20 (±12,33) anos. O padrão dermatoscópico mais usual foi o multicomponente (14 casos) seguido do padrão reticular (11 casos). A expressão de PD-L1 foi positiva em 8 melanomas. Observou-se uma associação da positividade da expressão com o padrão multicomponente (p.0,039) e inversamente com o padrão reticular (p.0,037). Não houve associação estatística entre PDL-1 e cores e/ou estruturas dermatoscópicas. Pode-se avaliar de forma inédita os achados dermatoscópicos de melanomas com a expressão de PD-L1, demonstrando que esta pode estar relacionada com padrão mais heterogêneo de apresentação do tumor. Novos estudos precisam ser conduzidos para corroborar e explicar estas conclusões.