Determinação do gasto energético de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica : comparação entre dois métodos de avaliação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Muttoni, Sandra Maria Pazzini
Orientador(a): Teixeira, Paulo Jose Zimermann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/32878
Resumo: Introdução: O gasto energético (GE) dos indivíduos pode ser determinado por diversos métodos, dentre os quais estão a calorimetria indireta (CI) e as equações de predição. Objetivo: Comparar o gasto energético de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) medido através da CI com o estimado pela equação de Harris-Benedict (HB). Métodos: Estudo transversal incluindo 30 indivíduos com diagnóstico médico de DPOC, segundo critérios GOLD, atendidos no Centro de Reabilitação Pulmonar do Pavilhão Pereira Filho e do ambulatório de Pneumologia, ambos do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, no período de fevereiro à setembro de 2010. O gasto energético foi mensurado pela CI usando monitor específico, assim como predito pela equação de HB. Os participantes também foram submetidos à avaliação antropométrica, através dos parâmetros de peso, altura, índice de massa corporal (IMC), dobra cutânea tricipital (DCT), circunferência do braço (CB) e circunferência muscular do braço (CMB), além de aplicação da avaliação nutricional subjetiva global (ANSG), bem como verificação do consumo alimentar. Os valores encontrados foram analisados através do teste t de Student, do teste qui-quadrado de McNemar e pelo método de Bland-Altman, e expressos pela média ± desvio-padrão, com nível de significância estatística p 0,05. Resultados: Do total de 30 portadores de DPOC, 70% eram do sexo masculino com idades de 62,5 ± 11,5 anos e IMC médio de 24,2 ± 4,2kg/m². O gasto energético em repouso (GER) medido pela CI foi de 1.568 ± 234,8kcal e o estimado pela equação de HB foi de 1.312 ± 120,5kcal, com diferença estatisticamente significativa entre os dois métodos (p<0,001). Quanto ao gasto energético total (GET), o valor medido pela CI foi de 2.038 ± 305,23kcal e o predito pela equação de HB foi de 2.047 ± 188kcal, sem apresentar diferença estatística significativa (p=0,853) e demonstrando uma concordância de 96,7% entre os dois métodos. Relativo ao diagnóstico nutricional, ao considerarmos apenas o IMC, 3,3% dos participantes apresentavam desnutrição, 63,3% eutrofia, 23,3% sobrepeso e 10% obesidade enquanto que pelo agrupamento de parâmetros (IMC, DCT, CB, CMB e ANSG), 53,3% dos pacientes apresentaram desnutrição, 33,3% eutrofia, 10% sobrepeso e 3,3% obesidade. Conclusão: O GER foi subestimado pela equação de HB, não apresentando boa concordância com o medido pela CI. Quanto ao GET, os resultados foram significativamente semelhantes demonstrando boa concordância entre os dois métodos. Em relação ao estado nutricional, talvez o IMC não seja suficiente para avaliar a real condição de pacientes com DPOC.