Avaliação do gasto energético de repouso e identificação de fatores de risco para hiper e hipometabolismo em pacientes com lesão renal aguda submetidos a diferentes tipos de diálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Góes, Cassiana Regina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144204
Resumo: Introdução: O suporte nutricional adequado depende da capacidade da equipe de terapia nutricional de estimar o gasto energético (GE) da maneira mais assertiva. A calorimetria indireta (CI) é considerada o método padrão ouro para medida de GE em pacientes críticos. A lesão renal aguda (LRA) é uma complicação frequente em pacientes em unidade de terapia intensiva (UTI) e o estudo do GE nesses pacientes ainda é muito limitado. Assim este estudo teve como finalidade uma revisão do uso da CI em pacientes críticos, com ênfase nos pacientes com LRA, além disso, avaliar, em três artigos, a interferência das modalidades dialíticas na medida de CI, a prevalência de hiper e hipometabolismo e a evolução do GER nos pacientes com LRA grave em UTI. Estudo de coorte prospectivo no qual avaliados pacientes admitidos em UTI com diagnóstico de LRA, com CI efetuada em diferentes momentos, pós indicação da terapia dialítica. Resultados: Avaliando se o gasto energético é alterado pelo procedimento dialítico, avaliamos que o GER durante a sessão de diálise não apresentou diferença significativa comparado com o pré. Outros parâmetros avaliados, como ventilatórios, presença de sedação, uso de noradrenalina (DVA) e temperatura corporal também não apresentaram diferença durante a dialise. Já considerando a categorização do GER, 64 pacientes estavam hipermetabólicos (62%), 42 estavam normometabólicos (34%) e 18 hipometabólicos (14%). Dose de noradrenalina e idade associaram-se independentemente com a presença de hipermetabolismo. Na análise de sobrevida em 28 dias ingestão proteica e DVA se associaram com mortalidade. E quanto ao GER durante o acompanhamento, observamos que houve aumento do GER no dia 5 (2270±556 Kcal), quando comparados aos dias 2 e 3 (2022±754; 2022±660 kcal, respectivamente, p=0,04). A variabilidade do GER teve a mediana de 0,44% (-14, 14), e ele se correlacionou positivamente com volume minuto, FiO2 e temperatura corporal. Conclusão: CI pode ser realizada durante o procedimento dialítico, sem alterações no GER. Pacientes com LRA grave são, na maioria, hipermetabólicos, e a presença do hipermetabolismo associou-se com menor idade e maior dose de DVA. Foram identificados como fatores associados ao óbito menor ingestão proteica e maior dose de DVA, enquanto o hiper e hipometabolismo não se associaram ao risco de morte. Além disso, os pacientes com LRA dialíticos apresentam pequena variabilidade do GER e esse foi associado independentemente com FiO2, VM e temperatura corporal.