Estudos sobre universidade e desenvolvimento : uma crítica ao senso comum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Damboriarena, Luiza Araujo
Orientador(a): Misoczky, Maria Ceci Araujo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/132348
Resumo: Esta Dissertação consiste em um estudo sobre trabalhos acadêmicos que abordam a relação entre universidade e desenvolvimento, a partir do anseio da autora de romper com o senso comum e compreender a essência dessa relação tomada como algo bom e naturalizado. Para tanto, foram selecionados e sintetizados 39 trabalhos acadêmicos referentes ao tema, a partir do banco de dados de periódicos do portal Scielo, Capes e Google Acadêmico. Diante do argumento comum desses trabalhos, de que a universidade é impulsionadora do desenvolvimento, sendo este compreendido como um processo voltado para o crescimento econômico e, em decorrência, para o mercado, a universidade é tratada como um ator social imprescindível, voltando suas práticas nesse sentido. Por conseguinte, a compreensão sobre o que caracteriza o neoliberalismo foi essencial para compreender a influência do mercado nessa proposição, visto que o neoliberalismo constitui um projeto sócio-político de sujeição e subordinação ao mercado que tem o discurso do desenvolvimento como estratégia legitimadora, com um sentido positivo inquestionavelmente necessário. Devido a conexão do desenvolvimento com o progresso, a competividade, a acumulação, a ordem e o controle social, a relação entre universidade e desenvolvimento não pode ser tratada como neutra e desinteressada. Assim, ao comparar as proposições dos trabalhos com o referencial do neoliberalismo, foi possível romper com as pré-noções iniciais, o senso comum e desnaturalizar o sentido dessa relação pela perspectiva crítica.