Reconfiguração organizacional da Unisinos : modelo estratégico x modelo jesuíta de universidade : ambigüidades e desvios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Petry, Almiro
Orientador(a): Saul, Renato Paulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/11162
Resumo: A tese trata, na perspectiva mais ampla, da adaptação das organizações às mudanças administrativas ocorrentes na sociedade contemporânea e, no sentido estrito, do modelo estratégico da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, resultante do planejamento estratégico nela aplicada. A pertinência do estudo está no inusitado de uma universidade brasileira, privada e jesuíta, adotar o planejamento estratégico para deliberar, por decisão própria, sobre a sua configuração organizacional para garantir a sua sobrevivência institucional e administrativa. Busca-se contribuir para o melhor entendimento e a explicação da reconfiguração organizacional, elucidando a concepção de organização e de universidade que conduziram à concretização do modelo estratégico, frente ao modelo de universidade de orientação jesuíta. O recurso metodológico-analítico utilizado é o do tipo ideal weberiano. Nele intenta-se determinar as aproximações ou os afastamentos do modelo estratégico em relação ao modelo jesuíta de universidade. Na análise comparativa evidencia-se que a UNISINOS afasta-se significativamente do modelo de universidade jesuíta, aproximando-se do modelo de universidade orientada pelo mercado. Por isso, afirma-se que o ideário mercantil, presente no modelo estratégico, é incompatível com o manancial valorativo da universidade sob orientação inaciana. O pensamento único impele a universidade a associar-se ao macro-processo de construção contínua do novo padrão tecnológico, liderado pelas novas tecnologias de informação e de comunicação. Assim, sob a hegemonia do pensamento dominante, torna-se difícil concretizar uma universidade “para a verdade e o diálogo cultural”, como interpreta Kolvenbach. A UNISINOS, ao se alinhar em conformidade com as novas formas de controle econômico e social, coloca-se ao serviço dos interesses econômicos vigorantes.