Socioeconomic determinants of safety behavior of farmers in the pesticide management

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Schreiner, Débora Tonon
Orientador(a): Dewes, Homero
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/235260
Resumo: Na agricultura moderna, os agrotóxicos desempenham um papel importante na garantia de alta produtividade agrícola e são considerados um componente vital no controle de pragas e doenças. No entanto, a dependência aos agroquímicos é difícil de sustentar por causa de efeitos adversos não intencionais, causados em longo prazo ao meio ambiente e à saúde humana. Por isso, os agricultores devem ter comportamentos de segurança no uso dos agrotóxicos. O objetivo desta pesquisa foi identificar os fatores socioeconômicos que influenciam os diferentes comportamentos de segurança dos agricultores no manejo de agrotóxicos. Examinamos o manejo de agrotóxicos no Rio Grande do Sul, estado ao sul do Brasil. Os fatores socioeconômicos que levamos em consideração foram: ter estudos rurais, ser o dono da propriedade rural, trabalhar direto nas atividades agrícolas, fazer mistura em tanque, ter treinamento básico no uso de agrotóxicos, possuir assistência técnica, ter informações fornecidas com a compra de agrotóxicos e ler a bula dos agrotóxicos. Ponderamos a respectiva influência no comportamento dos agricultores com base nas respostas binárias, sim ou não. Os dados foram coletados através da aplicação de questionários presenciais e on-line para um grupo de 72 agricultores. O teste do Qui-quadrado revelou que a) os estudos rurais influenciam os agricultores no conhecimento sobre as propriedades doa agrotóxicos aplicados, na identificação das principais pragas e doenças das culturas, no conhecimento dos diferentes tipos de bicos e suas propriedades e na verificação do vento na pulverização; b) ser o dono da propriedade rural está relacionado à leitura e acompanhamento da receita agronômica (RA) de produtos agrotóxicos usados; c) trabalhar diretamente nas atividades da lavoura está relacionado com o conhecimento sobre as propriedades do agrotóxico aplicado; d) o treinamento básico no uso de agrotóxicos da aos agricultores conhecimento sobre as propriedades dos agrotóxicos aplicados, influencia na identificação das principais pragas e doenças das culturas e na verificação do vento durante a pulverização; e) informações com a compra de produtos influenciam na utilização de equipamentos de proteção individual (EPI); f) a leitura das bulas dos agrotóxicos melhora o conhecimento sobre as propriedades dos agrotóxicos aplicados, sobre a leitura e seguimento da RA de produtos agrotóxicos utilizados, regulagem da pressão durante a pulverização e o conhecimento dos diferentes tipos de bicos de aplicação e suas propriedades. Os fatores socioeconômicos “acesso a assistência técnica” e “fazer mistura em tanques” não foram relacionados a qualquer comportamento de segurança. A conclusão é que, apesar dos rigorosos regulamentos estaduais e fiscalização do uso de agrotóxicos, há traços comportamentais individuais que são modulados por um ambiente socioeconômico que vai além da legislação. Esses determinantes devem ser levados em consideração se quisermos esperar segurança pessoal e ambiental nas práticas de manejo de agrotóxicos.