Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Juliano Antonio de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-04122014-085941/
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Resumo: |
O morangueiro, Fragaria x ananassa Duchesne, tem sido extensivamente cultivado no sul de Minas Gerais. O ataque de pragas e a incidência de doenças tem causado prejuízos aos produtores dessa região. O ácaro rajado, Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae), tem sido considerado a principal praga do morangueiro nessa região, onde é controlado principalmente com o uso de acaricidas sintéticos, que nem sempre apresentam resultados satisfatórios, aparentemente devido à seleção de populações resistentes. Ácaros da família Phytoseiidae são os predadores predominantes de outros ácaros em plantas cultivadas e da vegetação natural. São hoje conhecidas em todo mundo cerca de 2.700 espécies, quase 200 das quais tem sido encontradas no Brasil. Também são encontrados no cultivo do morangueiro no sul de Minas Gerais, porém nada se sabe sobre sua ocorrência em plantas da vegetação natural que circundam estes cultivos. Alguns estudos tem sido realizados nessa região para a implementação das práticas de controle biológico de ácaros em cultivos de morango. Os objetivos do presente estudo foram: a) comparar os níveis populacionais do ácaro rajado em cultivos representativos dos sistemas de produção orgânico e convencional do sul de Minas Gerais; b) determinar a semelhança da fauna de fitoseídeos de morangueiro cultivados organicamente e da vegetação natural circundante c) demonstrar a possibilidade de produzir morangos sem a utilização de agrotóxicos nesta região. Para a primeira parte do estudo, foram selecionados dois produtores de morangueiro em cada um de três municípios, um deles adotando o sistema convencional e o outro, o sistema orgânico. Não houve diferença estatística entre as médias dos níveis populacionais do ácaro rajado nos cultivos orgânicos e convencionais. Neoseiulus califonicus (McGregor), Neoseiulus anonymus (Chant) e Phytoseiulus macropilis (Banks) foram encontrados em morangueiro e também em plantas da vegetação natural. Os resultados sugeriram que N. anonymus possa ser mais apropriado que N. californicus para o controle do ácaro rajado na região de Cambuí. Na segunda parte do trabalho, avaliou-se o efeito de diferentes tratamentos sobre a população do ácaro rajado em um plantio estabelecido em Inconfidentes, estado de Minas Gerais. Os tratamentos consistiram da aplicação dos fungos Isaria fumosorosea Wize e Beauveria bassiana (Bals.) Vuill, de N. anonymus, do adjuvante KBRAdj, de abamectina e de um tratamento controle. Apesar dos baixos níveis de ocorrência do ácaro rajado em todos tratamentos, o número de acaro rajado no tratamento correspondente à liberação de N. anonymus foi significativamente menor que no tratamento correspondente à aplicação de abamectina. A realização deste trabalho permitiu as seguintes conclusões: a) a densidade populacional do ácaro rajado é aproximadamente a mesma em cultivos orgânicos e convencionais; b) a diversidade de ácaros predadores no cultivo orgânico é maior que no cultivo convencional; c) a vegetação nas proximidades cultivos do morangueiro é importante como abrigo aos ácaros predadores encontrados naquele cultivo; d) é possível a produção de morangos no sul de Minas Gerais sem o uso de acaricidas sintéticos. |