Bioecozonas e paleoceanografia superficial do Atlântico sudoeste entre os estágios isotópicos marinhos 5 e 3 com base em foraminíferos planctônicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Freire, Tiago Menezes
Orientador(a): Coimbra, João Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/266189
Resumo: O presente estudo visa compreender os principais padrões de variação das propriedades paleoceanográficas superficiais do Atlântico Sudoeste e verificar a aplicabilidade de bioecozonas de foraminíferos planctônicos, estabelecidas para as bacias do sudeste da Margem Continental Brasileira, na Bacia de Pelotas (30°S), durante a última transição interglacial–glacial (Pleistoceno Tardio). Para estimar variações na temperatura superficial do mar, produtividade biológica e estratificação oceânica superficial, bem como reconhecer as bioecozonas, foram realizadas análises de isótopos estáveis de oxigênio e das associações fósseis de foraminíferos planctônicos do testemunho de sedimento SIS-249, recuperado do talude continental da Bacia de Pelotas. Análises estatísticas das associações de foraminíferos planctônicos indicaram mudanças aproximadamente síncronas com os Estágios Isotópicos Marinhos (EIM), variando de condições quentes e oligotróficas (EIM 5) para eutróficas (EIM 4) e frias (EIM 3). Tendências de redução da temperatura superficial do mar, diminuição da estratificação oceânica superficial e aumento de produtividade podem estar relacionadas à intensificação de eventos de ressurgência costeira e à influência de aportes continentais na região durante um intervalo de nível do mar baixo, na última transição interglacial–glacial. As variações de abundância relativa do complexo G. menardii e da espécie Pulleniatina obliquiloculata permitiram o reconhecimento das zonas X e Y2 entre 110 e 30 ka, e do limite X/Y2 em 83 ka. A ausência do último biohorizonte de desaparecimento de Pulleniatina obliquiloculata pode indicar que o limite entre as zonas Y2 e Y1 seja mais recente em relação às menores latitudes do sudeste da Margem Continental Brasileira.