Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pedrão, Guilherme Augusto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-23102023-145326/
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Resumo: |
Os cocolitoforídeos são um dos principais grupos de produtores primários marinhos de regiões subtropicais oligotróficas e os maiores integrantes do carbonato de cálcio depositado no fundo das regiões de talude e oceano aberto, sendo parte essencial no ciclo do carbono. Portanto, é importante compreender o papel desses organismos durante períodos de variação abrupta do gás carbônico, como nas Terminações glaciais. Com esse objetivo foram analisados o conteúdo e a geoquímica dos cocolitoforídeos de 150 amostras do testemunho marinho GL-854, que abrange os últimos 770 mil anos e oito períodos de Terminação. As espécies Gephyrocapsa spp., Florisphaera profunda e placolitos pequenos dominaram a assembleia de cocolitoforídeos. Durante as Terminações, a paleoprodutividade primária estimada pela Sr/Ca destes organismos atingiu seus valores máximos, e espécies maiores como Helicosphaera spp., Calcidiscus spp. e Coccolithus pelagicus foram mais abundantes. Estes períodos foram associados a uma alta estratificação e uma maior presença da Água Central do Atlântico Sul em sub- superfície, aumentando as porcentagens de F. profunda. Este processo ocorreu em momentos de altos valores na excentricidade da órbita terrestre, o que intensifica a sazonalidade, ocasionando variações na Alta Subtropical do Atlântico Sul, permitindo uma maior permanência dos ventos de nordeste na região de ressurgência costeira. Conjuntamente a esse processo foi observado um acoplamento entre a produtividade gerada em superfície e a transferência desse carbono para o fundo, confirmando que os cocolitoforídeos são essenciais no ciclo do carbono em regiões subtropicais oligotróficas, e ainda mais durante períodos transição e variação abrupta de gás carbônico. Consequentemente, esse conhecimento é essencial para o desenvolvimento de modelos biogeoquímicos mais eficazes que possam prever com estes processos com maior precisão e ajudar a mitigar o impacto do dióxido de carbono em nosso meio ambiente. |